sábado, 11 de fevereiro de 2012

PÚLPITO NÃO É PALANQUE! E POLÍTICA NO TEMPLO É ILEGAL!

Púlpito não é palanque! E política no templo é ilegal!

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Motivado por uma postagem que li no Púlpito Cristão, deixo aqui registrados os dois diplomas legais citados pelo prezado irmão Leonardo Gonçalves no texto em questão.

Nunca é demais lembrar, caros irmãos: Púlpito não é palanque! E política no templo é ilegal!

Lei n.º 9504/97, Artigo 37 § 4º: (1)
Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do Poder Público, ou que a ele pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados.(Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006) (g.m.)
§ 4o Bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pela Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil e também aqueles a que a população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada.(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)(g.m.)
Artigo 13 da Resolução 22.718/2008 do Tribunal Superior Eleitoral: (2)
Art. 13. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados (Lei nº 9.504/97, art. 37, caput). (g.m.)
§ 2º Bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pelo Código Civil e também aqueles a que a população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada. (g.m.)

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
Legislação extraída de:
(1) www.planalto.gov.br (Acesso em 06/05/10);
(2) www.tse.gov.br (Acesso em 06/05/10).




Eu não acredito no messianismo político evangélico

Por Renato Vargens

Bastam as eleições se aproximarem, que se torna absolutamente comum aparecer nos arraiais evangélicos, cristãos afirmando que receberam um chamado especial da parte de Deus para se candidatar a algum cargo publico. Entretanto, a história recente do Brasil nos mostra que a chegada de políticos evangélicos a cargos públicos não tem feito diferença na ética política do país, isto porque, o universo político evangélico não constitui, uma referência ética à sociedade brasileira. Basta ver que, nos últimos anos, o envolvimento da maioria dos evangélicos com a política produziu mais males do que benefícios. A CPI do Orçamento revelou o triste fato de deputados e organizações evangélicas roubavam na maior cara de pau o tesouro público. Junta-se a isso o fato de que vários políticos denominados evangélicos sucumbiram a subornos, mentindo descaradamente, vendendo votos e tonando-se assunto de piada em toda nação.

Lembro que certa feita, enquanto oficializava uma cerimônia fúnebre, um destes “pseudos-politicos-cristãos”, solicitou-me uma pequena oportunidade para que publicamente pudesse demonstrar sua solidariedade a família enlutada, além obviamente de falar de sua candidatura à Câmara Municipal da Cidade. Fato que obviamente não permiti.

Em época de eleição é comum receber a solicitação de inúmeros políticos, os quais em nome de “Deus”, advogam a crença de que o Todo-poderoso os convocou a uma missão hercúlea, a qual somente eles conseguirão viabilizar. Tais cidadãos fazem uso de chavões e de frases prontas do tipo: "Somos cabeça e não cauda", “ A política brasileira precisa de homens de Deus”, e etc.

Ora, não acredito em messianismos utópicos, nem tampouco em pastores especiais, que trocaram o santo privilégio de ser pregador do evangelho eterno por um cargo público qualquer. Não estou com isso afirmando de que o crente em Jesus não pode jamais concorrer a um cargo publico. Tenho convicção de que existem pessoas vocacionadas ao serviço público, as quais devem se dedicar com todo esmero a esta missão. No entanto, acredito que o fator preponderante a candidatura a um cargo qualquer, deve ser motivada pelo desejo de servir o povo e a nação, jamais fazendo do nome de Deus catapulta para sua projeção pessoal.
Agora, se mesmo assim o pastor desejar candidatar-se, que deixe o pastorado, que não misture o santo ministério com o serviço público, que não barganhe a fé, nem tampouco confunda as ovelhas de Cristo com o gado marcado para o abate. Que não comercialize aqueles que o Senhor o confiou, nem tampouco se locuplete do nome de Deus a fim de atingir seus planos e objetivos.

Soli Deo Gloria!


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Postado por Renato Vargens
no [ Púlpito Cristão ] 

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