sábado, 28 de abril de 2012

CARAS GOSPEL: Testemunho ou Ostentação?


CARAS GOSPEL: Testemunho ou Ostentação?

A igreja cristã se perdeu em meio a tantas estratégias e ‘moveres’. Um dos fatos que denunciam isso é a freqüente confusão entre testemunho e ostentação.

Os fiéis se inspiram em seus pastores que exibem suas aquisições materiais como um sinal da aprovação divina de seus ministérios. Ninguém ousa questionar. Se o pastor comprou um avião, é porque ele vive o que prega. Ora, se prega prosperidade, como poderia viver em dificuldade?
Esta é lógica perversa que acompanha tais movimentos.

Se um pastor fica doente, ninguém pode ficar sabendo. É segredo de estado. Porque se for ventilado entre os fiéis, sua fé será questionada, e seu ministério desacreditado. Haverá até quem suspeite de que ele esteja em pecado.

Se passar por um problema familiar, o caso é logo abafado. Se ele troca a esposa por uma mais jovem, isso pode indicar o cumprimento da promessa de Deus de que a glória da segunda casa será maior do que da primeira. O jargão “de glória em glória” é usado para justificar qualquer coisa. Trocou o carro por um mais novo. Trocou de esposa. Deixou a comunidade e foi morar numa cobertura de frente pra praia, e por aí vai. E ele conta de púlpito, sem o menor recato, como se fosse um testemunho.

Não sei como ainda não tiveram a idéia de lançarem uma CARAS GOSPEL (espero não estar dando idéia...rs). Líderes disputariam a tapa um espaço na revista para exibir seu luxo. E o que não faltaria é quem comprasse só pra xeretar e buscar inspiração.

Em vez de se inspirarem na vida de Cristo e de Seus apóstolos, os líderes atuais se inspiram nos executivos de empresas de marketing de rede, como Amway e Herbalife, onde a cada encontro, ouve-se testemunhos daqueles que se empenharam na divulgação dos seus produtos e na expansão de sua rede, e hoje exibem suas aquisições materiais como troféus e comprovação da veracidade da proposta da empresa.

- Estão vendo aqui o meu terno Armani? Jesus quem deu! Nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu tão bem. E Deus não tem filho predileto. Se deu pra mim, pode dar pra você. É só fazer a campanha certinho, dar o seu tudo, e depois será você que vai subir a este altar para testemunhar.

E o pior é que dá certo! Ninguém questiona de onde veio o dinheiro usado para comprar aqueles mimos exibidos pelo pastor. As pessoas ficam cegas por suas próprias cobiças.

O pastor deixa de ser mentor espiritual, para ser guru, coach, ou pelo menos, um exemplo de sucesso.

Aquele pastor que opta pela discrição, ou mesmo por uma vida mais recatada, logo é taxado de fracassado, medíocre, sem visão.

Quando reflito sobre isso, lembro de dois reis com posturas completamente diferentes.

O primeiro é Salomão, que ao ser visitado pela Rainha de Sabá, deixou-a boquiaberta, não pela suntuosidade do seu palácio, nem pelas jóias que usava, mas pela sabedoria de suas palavras, a excelência do serviço prestado por seus servos e a qualidade do culto oferecido a Deus. O texto diz que ela ficou como fora de si (2 Cr.9:1-4). A postura de Salomão e de seus servos era o seu cartão de visitas. Seu testemunho já alcançava os lugares mais longínquos da Terra, atraindo gente de todas as nações.

O segundo rei que vem à mente é Ezequias. Depois de ter sido curado por Deus, Ezequias recebeu a visita de uma comitiva da Babilônia. Amostrado que só ele, resolveu tirar uma onda com os mensageiros babilônios, e assim, mandar um recadinho para o seu rei.

- Vejam toda a casa do meu tesouro. Quanta prata, ouro, especiarias, ungüentos. Aproveitem para ver minha casa de armas. É tudo meu! O Senhor me deu! Relatem ao seu rei a grandiosidade do meu reino.

Assim que a comitiva se foi, Isaías, o profeta, veio a Ezequias e lhe perguntou: “Que disseram aqueles homens, e donde vieram a ti? Respondeu Ezequias: De um país muito distante vieram, de Babilônia. Perguntou o profeta: Que viram em tua casa? Respondeu Ezequias: Tudo o que há em minha casa viram. Coisa nenhuma há nos meus tesouros que eu não lhes mostrasse” (2 Reis 20:14-15).

Aquilo foi testemunho ou ostentação? Precisa responder?
Por causa de sua ostentação, Deus lhe mandou dizer que aqueles mesmos babilônios viriam no futuro, e tomariam todas aquelas riquezas, e ainda levariam seus descendentes para o cativeiro.
Isso é que dá ostentar. Deus não tem compromisso com a nossa vaidade.

Já participei de convenções de igrejas que eram verdadeiras feiras de vaidade. Alguns convencionais faziam questão de ficar nos melhores hotéis, pagar motoristas particulares, comer nos mais requintados restaurantes. E quando conversavam entre si, o assunto sempre girava em torno de números. Quantos membros, quantas congregações, quanto isso, quanto aquilo, etc. Ninguém queria ficar por baixo. Se o culto tivesse cem pessoas, dizia-se que tinha quinhentas. Se batizou dez, contava que havia batizado cinqüenta. Era o tal de comer sardinha e arrotar caviar.

Não estou dizendo que tais coisas sejam erradas por si mesmas. O problema está no espírito por trás de toda esta ostentação.

Se quisermos resgatar a credibilidade da igreja cristã, teremos que repensar nossos parâmetros, e trocar a ostentação pelo verdadeiro testemunho. As pessoas se sentirão atraídas, como aconteceu com a rainha de Sabá, que viajou milhares de quilômetros, só para conferir a sabedoria que Deus dera a Salomão.

A bem da verdade, a ostentação também atrai, só que outro tipo de público. Não os que querem ouvir a Palavra, mas os que querem se dar bem. Os mensageiros da Babilônia sempre voltam, porém com o intuito de saquear, de se apossar dos bens alheios, e depois, terem também o que contar. Com isso, a roda continua a girar, garantindo a manutenção de tais 'moveres'.

via. HERMES FERNANDES.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

CRISTIANISMO OU JUDAÍSMO?????


Shofar? Ué, mas a gente não é cristão??



Soli Limberger

A pergunta aí em cima vai ficar pra sempre sem resposta, um amigo me perguntou há muitos anos, o que eu achava de shofar na igreja, eu perguntei: "Shofar? Ué, mas a gente não é cristão?" - Nem ele, nem ninguém consegue responder essa pergunta simples.

O cristianismo "moderno" se perde em meio ao judaísmo, na verdade a igreja tenta se "judaizar" nem sei se essa palavra existe, mas... shofar também não existe no Novo Testamento. Pelo menos não da maneira que é usado em algumas igrejas. Ainda estou tentando interpretar, com a mesma razão profética que possuem os que defendem o uso de símbolos judaicos dentro do cristianismo evangélico, os textos de I Cor. 15.50-58 e Ap. 4.1. Se alguém conseguir alguma explicação boa pra isso pode postar nos comentários aqui a baixo.

Explicando, ainda a tempo, o shofar é aquele "berrante" feito de chifres. O chifre pode ser tomado de vários animais, como o antílope, gazela, etc...

Interessante que os judeus só poderiam tocar o shofar com a cabeça coberta, mas hoje é claro não precisa mais isso...

Porque a igreja não resgata TODOS os símbolos e práticas do Antigo Testamento Judaico?


SIMPLES, porque nem tudo interessa para a igreja, afinal, só o fato de não guardar o sábado acarretaria nisso:

"qualquer um que no dia do sábado fizer algum trabalho, deve ser morto." - Êxodo 31:15

Lembro "vagamente" de algo que Paulo falou:

"Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê." - Romanos 10:4

"se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." - II Cor. 5:17
O cristianismo verdadeiro não é feito por símbolos nem por práticas antigas ou resgatadas de outras religiões.

O cristão precisa escolher se vai ser cristão ou judeu. Não dá pra ser os dois. Sendo cristão, o evangelho e Cristo são a regra de fé, sendo judeu a lei e Moisés.


Abraço a todos,

EM CRISTO, o fim de toda lei - Rm. 10:4: "Pois Cristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê.


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2009/09/shofar-ue-mas-gente-nao-e-cristao.html#ixzz1t99FEFWi
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial Share Alike

terça-feira, 17 de abril de 2012

Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo


Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo

.







Por: Jailson Santos


INTRODUÇÃO

Alguns missionários que trabalhavam na Índia pensaram em uma estratégia que poderia trazer um verdadeiro avivamento para o País. Eles disseram: “Se nós conseguirmos evangelizar o líder do hinduísmo Mahatma Gandhi e o ganharmos para Cristo, toda nação indiana será impactada por esse testemunho”. Convictos da sua estratégia foram ao encontro de Gandhi para persuadi-lo a ser o cristão, entretanto no meio da conversar ouviram de Gandhi: “No vosso Cristo eu creio eu só não creio é no vosso Cristianismo [sem vida]”.[1]

O que aqueles missionários ouviram de Gandhi é o que constantemente ouvimos sobre o cristianismo brasileiro. São pessoas que acreditam em Cristo,[2] mas são descrentes em relação os crentes. Acreditam em Deus, todavia não acreditam na Igreja como uma instituição divina.

Segundo as estatísticas sobre a religião brasileira, um dos percentuais que mais crescem é os dos “sem religião”. Em 1950, “os sem religião” eram aproximadamente 0,5% da população; em 2000 (ano do último Censo), passaram a ser 7,4%, proporção 14 vezes maior. Hoje eles já são a terceira maior “identidade religiosa” do País, estando atrás apenas dos católicos (70%) e dos evangélicos (17%). [3]

Esses não são adeptos da “não religião”, por serem ateus, mas são que já freqüentaram uma Igreja e viram algumas razões para não crerem nela como uma instituição divina. Decepcionados com a Igreja, descrentes dos crentes e convictos que as demais religiões não os levariam a Deus, optaram em ser “sem religião”.

Por que os “sem religião” crescem tanto? Por qual razão a sociedade brasileira não acredita na Igreja como antes? Podemos resgatar a credibilidade da Igreja? O que devemos fazer?

Este artigo tem como objetivo analisar e estudar o assunto, dentro de uma cosmovisão reformada. Não pretendemos aqui esgotar o assunto em sua inteireza, pois o mesmo é amplo, o que esta pesquisa deseja é estudar as principais razões pelas quais a Igreja contemporânea tem perdido a credibilidade da sociedade, alertar a Igreja sobre o assunto e propor uma resposta às questões levantada. Além disso, mostrar que o avivamento bíblico e genuíno é a melhor resposta aos desafios de nossa época.


POR QUE A IGREJA ESTAR SEM CREDIBILIDADE NO MUNDO?

Não são poucas a razões pelas quais a igreja tem perdido a credibilidade diante do mundo. Aqui citaremos apenas algumas.

1.1. Razão externa: O pluralismo religioso e a relatividade da verdade.

Segundo o Dr. Herber Campos as últimas décadas do século XX têm sido caracterizadas por movimentos filosófico-teológicos que romperam com tudo o que, historicamente, tem sido crido como verdade fundamental, da qual não se poderia abrir mão.[4] Com nomes diferentes, tais como secularismo, relativismo, pós-modernismo e pluralismo,[5] eles defendem a mesma causa e levantam a mesma bandeira.

Estes movimentos, não reivindicam ter a verdade e condenam qualquer ideia de verdade absoluta.[6] Para os pluralistas a multiplicidade de conceitos sobre o exercício da fé, das crenças (Deísmo, Teísmo, ateísmo, politeísmo, seja quanto for), compreende a essência do pensamento humano e seu direito em crer ou deixar de crer no que quiser, sem ser discriminado por isso. A crença do individuo e sua verdade. Para eles pode-se até dialogar, desde que aja “tolerância”, o que para eles é quase um sinônimo de concordância.

Essa relativização da verdade tem tido grande influência a visão da sociedade com relação a igreja. São com “óculos” relativistas e pluralistas que a sociedade ver a Igreja. E a conclusão que muitos tem chegado é: ser a verdade não é absoluta, logo, a igreja não pode ser a razão de uma crença absoluta e não é digna de todo o crédito. Razão pela qual segundo eles “todas as religiões devem ser tratadas numa base politicamente igual”.[7] Este relativismo contemporâneo ataca a principal arma do cristianismo, isto é, a Bíblia. Sem o “status” de ter a verdade absoluta a igreja dia a após dia tem perdido a “credibilidade”, na visão relativista contemporânea.

1.2. Razões Internas

Hoje em dia dizer que é um cristão não é sinônimo de credibilidade. Se você estiver conversando com alguém e no meio da conversa disser que é um pastor, pode até perder um possível novo amigo. A Igreja como instituição, tem perdido a credibilidade e a sociedade está descrente dos crentes. Tudo isso são por razões internas do próprio cristianismo atual. Aqui apresentaremos algumas razões da falta de Credibilidade.

1.2.1. Escândalos envolvendo lideres.

Não precisa sem bem informado para tomar conhecimento dos escândalos que envolvem lideres, políticos e de pessoas que se dizem evangélicas. As várias e repetidas decepções com líderes tem levado sociedade à resignação. Uma pesquisa organizada pelo instituto LifeWay Research, nos Estados Unidos, feita no final de 2006, mostrou as principais causas que levam uma pessoa a mudar de igreja, dentre as razões 74% estava envolvia o testemunho da igreja, liderança e principalmente do Pastor.[8]

Esta é uma realidade nos quatros cantos do mundo. A igreja evangélica brasileira tem sido, via de regra, marcada por uma mentalidade consumista, materialista, hedonista e pragmática, como o restante da sociedade. A visão mercantilista de igreja tem feito da igreja evangélica no Brasil objeto de escárnio e deboche. A mídia expõe com frequência os escândalos morais de líderes evangélicos brasileiros. O sal tem se tornado insípido e não tem servido senão para ser pisado pelos homens. Esse comportamento escandaloso ridiculariza a Cristo, prejudica o evangelismo e destrói a credibilidade do cristianismo em nosso país.[9]

1.2.2. Um deus chamado $ e a Igreja materialista.

Em algumas denominações ou comunidades a igreja se tornou um negócio, pastores se tornaram executivos, o ministério um gerenciamento. Estas tem sido guiadas mais pelas leis do mercado como a produtividade, performance, faturamento, profissionalismo, qualidade, nichos de consumidores e estratégias de marketing, do que pela Palavra de Deus. Apresentam um Jesus Cristo atraente, prometemos a salvação no céu e a prosperidade na terra, sem precisar renunciar a nada. Palavras como sacrifício, pecado, arrependimento, negar-se a si mesmo, foram substituídas por decretar, determinar, conquistar, restituir, saquear. [10]

Além disso, movidas pela teologia da “prosperidade” ou “confissão positiva”, muitas Igrejas estão se tornado materialistas. Pregam sobre dinheiro e por dinheiro, prometendo o que Deus não prometeu, levando muitos, à decepção religiosa e por fim a descrença. Essa e outra razão da descrença da sociedade em relação aos crentes.

1.2.3. A geração “Gospel”.

Ser gospel está na moda. Os artistas são gospel, pessoas importantes são gospel, é a geração gospel. Todavia esta palavra é sinônima de evangélico, mas está longe de o ser na pratica. A geração gospel é uma geração de convencidos e não de convertidos. Anos atrás uma Monique Evans apresentadora de um programa (não recomendado para menores de 18 anos), foi Converteu a geração gospel, e questionada por algum por continuar a fazer o mesmo programa depois da “conversão” disse: “Eu me converte, mas não precisei mudar nada na minha vida Jesus me aceita do jeito que eu sou”. Essa é a geração “gospel” é uma das razões pela qual a sociedade não acredita na Igreja como antes.

1.2.4. Vivendo a verdade como se fosse uma mentira.

“Eu creria na sua salvação se eles [os cristãos] se parecessem um pouco mais com pessoas que foram salvas”. Essa afirmação dita por Fiedrich Nietzche, no final do século XVIII, nunca foi tal atual como nos dias de hoje. O cristianismo estar cheio de pessoas que vivem a verdade como se fosse uma mentira. Pessoas que vivem o que não pregam e pregam o que não vivem.

O professor Hugh Black, no seu “Serviço de amor de Cristo”, disse que uma jovem judia, que é agora Cristã, pediu a certo senhor que lhe havia dado instruções a respeito do Evangelho, que lesse com ela a história. Porque, disse ela: “Tenho lido os Evangelhos e estou perplexa. Quero saber quando os cristãos deixaram de ser tão diferentes de Cristo”[11] Essa é a realidade atual, um cristianismo que tem o rotulo de Cristo, mas nenhum conteúdo dEle.

O Rev. Elben M. Lenz César falando sobre a crise da igreja contemporânea diz: “Não temos defesa: estamos desacreditados diante do governo (também desacreditado), diante dos críticos, diante dos antigos simpatizantes, diante dos opositores, diante da mídia (caçadora de escândalo) e diante do povo.”[12] E acrescenta:

“Lamento muito ser obrigado a admitir que faço parte do grupo que acredita que a igreja está desacreditada. Basta ler O Escândalo do Comportamento Evangélico, de Ronald J. Sider, recentemente publicado no Brasil. Embora o autor se refira aos maus testemunhos dos evangélicos americanos, o problema é universal (...) Sider cita Michael Horton: ‘Os cristãos evangélicos estão aderindo a estilos de vida hedonistas, materialistas, egoístas e sexualmente imorais com a mesma proporção que o mundo’ (...) Se já não somos o sal da terra, a luz do mundo e o bom perfume de Cristo, não servimos para mais nada, exceto para sermos jogados fora e pisados pelos homens, de acordo com Jesus”. [13]

1.2.5. Rótulo do cristianismo sem conteúdo de Cristo.

Vivemos na epoca do vazio. A manipulação estar substituindo o conhecimento de Deus e sua Palavra em nossas igrejas. Não são poucos os que tem a cruz de Cristo no peito, mas não tem Cristo na mente. Os membros das igrejas são recebidos, mas não são instruídos; são animados, mas não são ensinados. As pessoas então adorando há um Deus que elas não conhecem. A verdadeira adoração requer o envolvimento do coração e da cabeça. O culto do coração, sem o entendimento, é forma errada de adoração, conforme o Senhor Jesus Cristo.

Muitas igreja são como os ateniesses no Areopago. O altar estava ali, adoração estar sendo realizada, mas o Deus é deconhecido. A cena é parecida demais com a igreja moderna. Muitas nada mais falam de Deus e se resumiram apenas a uma ajuntamento de pessoas, um verdadeiro clube social, onde tudo é supeficial, inclusive o estudo sobre Deus. O carater de Deus é desconhecido. Falando sobre a necessidade de conhecermos a Deus com o coração e a mente Sproul lembramos que:

“Se entendermos o caráter de Deus. então a doutrina da Escritura, a dou­trina de Cristo e tudo mais se encaixa. Por outro lado. pode tudo mais estar certo exceto sua doutrina sobre Deus, e você ainda será um pagão. É ainda um idólatra. Pode ser um inerrantista, pode ser que sua escatologia esteja certinha, pode ser que você não deixe de fazer seu culto individual ou ir à igreja. Mas se não estiver adorando o Deus certo, você estará adorando e servindo a um Deus falso, E imprescindível que conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3). [14]

Essa falta de conteúdo de Cristo na vida daqueles que são ou se dizem seus seguidores tem tirado a força do testemunho da verdade e a credibilidade da mensagem do evangelho.

1.2.6. Ortodoxia sem ortopraxia.

Há muitas igrejas que são ortodoxias, zelam pela doutrina e pela fidelidade na Palavra de Deus, todavia essa fé não é evidenciada na sociedade. Todo extremo é um erro. Ser cristão ortodoxo nos livra dos erros que citamos acima, mas não viver a verdade na prática com a pregação do evangelho e, dentro de uma visão calvinista buscando a transformação da sociedade que vivemos, é fazer do cristianismo algo árido e sem vida e sem sentido para a sociedade a nossa volta. A razão disso é que a igreja tem muita ortodoxia, mas não tem nada de ortopraxia. Igrejas que fecharam os olhos prática que o evangelho pressupõe.[15]

O Dr. Heber Campos diz que um dos desafios da igreja neste mundo pós-moderno é o de não tornar um gueto. A Igreja cristã, diz ele “não deve se isolar, embora deva proteger a verdade. Ela deve aceitar o desafio de contrariar o espírito do tempo presente como uma espécie de “contracultura,” saindo para minar os campos alheios. Se não fizer isso a igreja vai perder a sua verdadeira identidade”. [16]

Muitas igrejas são ortodoxias mais irrelevantes em sua atuação no mundo. Dizem ter tradições reformadas, mas não segue o verdadeiro pensamento dos reformadores. Dr. Abraham Kuyper falando sobre Calvino, o qual muitos ortodoxos dizem seguir, diz que o pensamento deste Genebrino não deve ser visto apenas como um conjunto de dogmas teológicos que teve influência no meio eclesiático, mas que tem sido antes de tudo, uma filosofia de vida que tem afetado a sociedade e os indivíduo como um todo. [17] Segundo ele “A visão teológica de Calvino permeada pela soberania de Deus, fez com que ele procurasse relacionar a aplicação desta soberania às diversas atividades culturais do ser humano”.[18]

Os cristãos foram postos no mundo para ser a consciência da sociedade, e não para se fecharem em si mesmos. A Igreja deve ser a voz do que clama no deserto a fim de fazer a diferença no mundo. “o reino de Cristo é também externo”,[19] dizia Zuínglio que foi ao mesmo tempo pastor e patriota, teólogo e político. Uma vez salvos e inseridos na família de Deus ele nos chama para cuidar do mundo que vivemos e, uns dos outros.[20] Na verdade, a igreja necessita deixar o monte da transfiguração e descer até ao povo sofrido onde se encontram os perdidos da sociedade. Esta falta de prática das verdades as quais os cristãos dizem crer é uma das razões pelas quais a sociedade estar descrentes dos crentes.

Para ler o restante deste ótimo estudo, clique aqui!

Fonte: [ Blog do autor ]
.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Igreja primitiva x Igreja atual


Igreja primitiva x Igreja atual

Na Igreja Primitiva, ou seja, a Igreja dos primeiros séculos, os cristãos buscavam a Deus sobre todas as coisas, renunciavam suas próprias vontades pelas de Deus e Sua Obra. Os cristãos primitivos morriam como espetáculo para o mundo, em arenas, Coliseu, das formas mais terríveis: queimados, transpassados, devorados por animais, etc mas não negavam a sua fé em Cristo Jesus.



.
E hoje? Com algumas exceções....
.
O cristão atual nunca lê um capítulo completo: contenta-se em ler um versículo e a partir dele, conforme instruções de seus líderes (que também aprenderam assim), cria uma doutrina própria.
.
O cristão atual tem medo de pensar por si próprio, pois isso demandaria a difícil tarefa de ter que meditar na Palavra e correr o risco de fazer escolhas, e por isso se deleita em ter quem pense por ele. Assim surgem as coberturas espirituais, os ungidos do Senhor que não podem ser tocados ou questionados, os líderes que convencem seu rebanho a votar em determinado candidato nas eleições, a aceitação de qualquer heresia. Afinal, se o Anjo da igreja falou, está falado.
.
O cristão atual tem um objetivo na vida: prosperar. Esse desejo ele tirou do mundo, do qual ainda faz parte embora pense não pertencer mais a ele. Assim, transfere para si os valores do mundo, que são a aparência acima de tudo, o ter em detrimento do ser, o ser bem-sucedido em todas as áreas como prova da vitória de Cristo na cruz. Porém Cristo não morreu para que tivéssemos conforto e segurança, mas para que pudéssemos ser salvos e ter a vida eterna, mas essa interpretação não condiz com o american way of life, que na verdade é o anseio de todos os povos, incluindo o tupiniquim. Não à toa importamos a teologia da prosperidade e muitos modismos, o que vem de fora é melhor do que o que temos, inclusive quando o assunto é Deus.
.
O cristão atual quer comandar, estar adiante, na frente, não ser servo. Quer ser cabeça e não cauda, quer as riquezas dos ímpios, quer o poder terreno, pois crê que o céu é aqui na Terra e enquanto se está vivo. Isso está totalmente na contramão dos ensinos de Jesus, de que importa mais ser servo do que senhor, de que se deve ser o menor.
.
O cristão atual tem uma fé fraca, e para fortalecê-la precisa contar com a ajuda de muletas espirituais. Sal grosso, água benta, sabonete ungido, campanha das 7 semanas, tudo é válido para aguçar-lhe a fé. Seu cristianismo precisa se sincretizar com o paganismo em suas várias formas, pois Cristo apenas não é suficiente. O cristão atual é um neopagão, adora a vários deuses sem se dar conta. Cada amuleto gospel é um ídolo de pedra.
.
O cristão atual diz não negar nunca a Cristo, mas já O nega a cada dia, quando busca os valores inversos aos Seus ensinos. Infelizmente a sutileza dos enganos fez do cristão atual mais um religioso dentre tantas religiões. O cristão atual é tão cego à realidade do Evangelho que considera heresia ensinos sobre desprendimento material, afinal foi-lhe incutido que pobreza é coisa do diabo. O servir é coisa de derrotados; o não se conformar com esse mundo é demagogia, pois vivemos nele. Mudar essa mentalidade demoniacamente construída é quase impossível, só pela obra do Espírito Santo.
.
Como converter um cristão ao verdadeiro cristianismo? Como fazê-lo buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça, e abrir mão das riquezas materiais, se muitas vezes é o desejo de riquezas que o leva aos templos, que prometem restituição financeira a quem segue as regras da denominação? Como convencê-lo de que deve morrer para esse mundo, quando o engano lhe diz que é nesse mundo que se experimenta um pedacinho do céu? Como mostrar-lhe que o Jesus que ele diz venerar não nasceu num palácio, optando por nascer em uma família humilde; que não adentrou em Jerusalém numa carruagem de fogo, mas num jumentinho? Como ensiná-lo a lição do lavapés, da renúncia aos valores materiais, do amor ao próximo como a nós mesmos, se o pseudocristianismo lhe diz que é assim mesmo, que Jesus venceu e que viemos para vencer, numa deturpação completa de Sua Palavra?
.
Realmente é muito mais fácil converter um não cristão que ainda não foi infectado pelo vírus do engano religioso, do que converter um “cristão”, pois a lavagem cerebral que esse recebeu torna o processo doloroso e trabalhoso demais. Reverter esse processo é um verdadeiro trabalho de libertação do Espírito Santo, em nome de Jesus.


Read more: http://rochaferida.blogspot.com/2011/09/igreja-primitiva-x-igreja-atual.html#ixzz1q3ZbuvsY

terça-feira, 10 de abril de 2012

O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE A ASTROLOGIA?




Parece brincadeira, mas não é, mas existem pessoas que acreditam em : "consultar horóscopo"..inclusive pessoas que professam uma "fé" "cristã" "evangélica", e, nas redes sociais publicam diariamente coisas do tipo ; "você já consultou seu horóscopo hoje?" .......para esses e para aqueles que não o fazem, eu resolvi publicar esse pequeno texto: O que a Bíblia fala sobre a astrologia?

Professor Valdir Manente Guimarães.


O que a Bíblia fala sobre a astrologia?

A Bíblia ensina que a astrologia é não somente uma atividade inútil (sem valor), mas algo tão mau que sua simples presença indica que o juízo de Deus já ocorreu (Atos 7.42-43). Tanto como filosofia ou como prática, a astrologia rejeita a verdade relativa ao Deus vivo, e em seu lugar conduz as pessoas a objetos mortos, como os astros e planetas. Assim como a Bíblia ridiculariza os ídolos, também o faz com os astrólogos e suas práticas (Isaías 47.13).

Entretanto, isto não tem evitado que a maioria dos astrólogos declare que a Bíblia apóia favoravelmente a astrologia. Jeff Mayo, fundador da Escola Mayo de Astrologia, declara que "a Bíblia está cheia de referências astrológicas". Joseph Goodavage, autor de Astrology: The Space Age Science (Astrologia: A Ciência da Era Espacial) e Write Your Own Horoscope (Escreva Seu Próprio Horóscopo), declara que "a Bíblia está cheia da" filosofia da astrologia.[1]

Os astrólogos "justificam" tais afirmações da mesma maneira que muitas seitas citam a Bíblia como evidência de seus próprios ensinamentos falsos e anti-bíblicos. Eles distorcem as Escrituras até ensinarem algo contrário à Bíblia.[2] Qualquer passagem bíblica que refute tais ensinos é simplesmente ignorada, mal interpretada, ou eliminada. Pode-se provar que todo texto bíblico citado pelos astrólogos para provar que a Bíblia apóia a astrologia foi mal interpretado ou mal aplicado.[3] Assim como a água e o óleo não se misturam, a Bíblia e a astrologia são totalmente incompatíveis. Alguns não-cristãos também admitem que existe "um abismo ideológico permanente entre ambas as crenças".[4]

Historicamente o cristianismo tem-se oposto à astrologia por três razões bíblicas. Primeiro, a Bíblia explicitamente rejeita a astrologia como uma prática inútil (sem valor). Uma prova disso está em Isaías 47.13-14, onde Deus afirma: "Ja estás cansada com a multidão das tuas consultas! Levantem-se pois, agora os que dissecam os céus e fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o que há de vir sobre ti. Eis que serão como restolho, o fogo os queimará; não poderão livrar-se do poder das chamas; nenhuma brasa restará para se aquentarem, nem fogo para que diante dele se assentem." Aqui vemos que, em primeiro lugar, Deus condena o conselho dos astrólogos babilônicos. Em segundo lugar, Deus disse que suas predições baseadas no movimento dos astros não os salvariam do juízo divino que se aproximava. Finalmente, Deus disse que o conselho dos astrólogos não era inútil somente para os outros, mas que nem os salvaria a eles mesmos (Deuteronômio 4.19; 17.1-5; 18.9-11; 2 Reis 17.16; 23.5; Jeremias 8.2; 19.13; Ezequiel 8.16; Amós 5.26-27).

A segunda razão bíblica pela qual o cristianismo tem-se oposto à astrologia é porque Deus proíbe as práticas ocultas. Basicamente, a astrologia é uma adivinhação. Esta é definida pelo Webster’s New Collegiate Dictionary (1961) como "o ato ou prática de prever ou predizer atos futuros ou descobrir conhecimento oculto". No Webster’s New World Dictionary (1962), a astrologia é definida como "a arte ou prática de tentar predizer o futuro ou o conhecimento por meios ocultos". Por ser uma arte ocultista, Deus condena a adivinhação como mal e como uma abominação para Ele, dizendo que ela leva ao contato com maus espíritos chamados de demônios. (Deuteronômio 18.9-13; 1 Coríntios 10.20).

Finalmente, a Bíblia repudia a astrologia por levar as pessoas à terrível transferência de sua lealdade ao infinito Deus do Universo para as coisas que Ele criou. É como dar todo o crédito, honra e glória às magníficas obras de arte, esquecendo completamente o grande artista que as produziu. Nenhum astrólogo, vivo ou morto, daria às pinturas de Rembrandt ou Picasso o mérito que corresponde aos autores, mas eles o fazem rotineiramente com Deus. Entretanto, Deus é infinitamente mais digno de honra que os homens, pois é Ele quem fez "os céus e a terra" e em Suas mãos está a vida de todos os homens (Gênesis 1.1; Daniel 5.22-23).

O que têm provado os testes de validade dos signos zodiacais (por exemplo, se você é de Peixes, Áries ou Leão)?

A astrologia diz que o signo zodiacal de uma pessoa tem grande importância para determinar a totalidade de seu caráter. A análise de um pesquisador do conteúdo da literatura astrológica revela 2.375 adjetivos específicos para os doze signos zodiacais. Cada signo foi descrito por uns 200 adjetivos (por exemplo, "Leão" é forte, dominante, rude – um líder nato; "Touro" é indeciso, tímido, inseguro – não é líder). Nesse teste, mil pessoas foram examinadas segundo 33 variáveis, incluindo o atrativo físico, a capacidade de liderança, os traços de personalidade, as crenças sociais e religiosas, etc. A conclusão foi que este teste falhou em provar qualquer predição astrológica: "Todos os nossos resultados podem ser atribuídos ao acaso."[5]

Foi feito outro teste para descobrir se os planetas influem na compatibilidade do matrimônio, ou seja, se existe uma indicação significativa do número de casais que continuaram casados porque seus signos demonstraram ser "compatíveis"? E os que tinham um signo "incompatível" se divorciaram? O estudo foi feito com 2.978 casais que se casaram e 478 casais que se divorciaram em 1967 e 1968. Este teste demonstrou que os signos astrológicos não alteravam significativamente o resultado em qualquer desses grupos. Os nascidos sob signos "compatíveis" casaram e se divorciaram com a mesma freqüência do que os nascidos sob signos "incompatíveis".[6]

Foi feito outro teste para descobrir se os planetas influem na compatibilidade do matrimônio, ou seja, se existe uma indicação significativa do número de casais que continuaram casados porque seus signos demonstraram ser "compatíveis"? E os que tinham um signo "incompatível" se divorciaram? O estudo foi feito com 2.978 casais que se casaram e 478 casais que se divorciaram em 1967 e 1968. Este teste demonstrou que os signos astrológicos não alteravam significativamente o resultado em qualquer desses grupos. Os nascidos sob signos "compatíveis" casaram e se divorciaram com a mesma freqüência do que os nascidos sob signos "incompatíveis".[6]

Os astrólogos alegam que os cientistas e os políticos são favorecidos por um ou outro signo zodiacal. Ou seja, que há uma suposta conexão entre o signo de uma pessoa e suas possibilidades de êxito numa determinada profissão. Ao investigar esse tema, John McGervy comparou a data de nascimento de 16.634 cientistas e 6.475 políticos e não encontrou correlação que substanciasse as afirmações dos astrólogos. Não pode haver dúvida de que a distribuição de signos nestas duas atividades foi tão aleatória quanto entre o público em geral.[7]

Concluindo, a evidência científica atual mostra que não é válida a afirmação dos astrólogos de que seu signo influi em sua vida.


Conclusão

Enquanto a "luz dos astros" tem trazido dúvida e divisão entre os próprios astrólogos, e incerteza e frustração para o povo que anda sem direção, JESUS, o Criador de todos os astros celestes e de todo o Universo, apresenta-se como a verdadeira Luz do Mundo e declara que aqueles que O seguirem não mais andarão em trevas; mas terão a luz da vida (João 8.12).

Aos que estão buscando direção para suas vidas, Jesus convida: "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei... e achareis descanso para a vossa alma" (Mateus 11.28-30).

Na Bíblia, a Palavra de Deus, encontramos revelações claras de que nossas vidas estão nas mãos de Deus. Davi revela-nos no Salmo 139 que Deus tudo conhece e que não podemos fugir da presença dEle em hipótese alguma. Daniel, o profeta, declara ao rei Belsazar: "...Deus, em cuja mão está a tua vida, e todos os teus caminhos..." (Daniel 5.23).

Nossas vidas e nossos caminhos estão nas mãos de Deus! Que consolo e descanso é sabermos que nossas vidas estão nas mãos desse Deus amoroso! Para os babilônios, todavia, que se deixavam guiar pelos astros, não foi assim, conforme lemos em Isaías 47.13-15.

Diante de nós está a escolha a ser feita: saber o que dizem os astros a meu respeito, ou saber qual a vontade de Deus para a minha vida. Convém recordarmos as palavras do apóstolo Paulo na sua Carta aos Romanos: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (capítulo 12.2). (John Ankerberg e John Weldon - http://www.chamada.com.br/)

Notas:

Joseph F. Goodavage, Astrology: The Space Age Science (Nova Iorque: Signet, 1967), p. XI. 

Para ilustrações veja James Sire, Scripture Twisting (Downers Grove, IL: InterVarsity, 1982). 

James Bjornstad e Shildes Johnson, Stars Signs and Salvation in the Age of Aquarius (Minneapolis, MN: Bethany, 1971), pp. 36-90. 

Gallant, op. cit., p. 111. 

Ralph Bastedo, "An Empirical Test of Popular Astrology", The Skeptical Inquirer, Vol 3, nº 1, p. 34. 

Kurtz e Fraknoi, "Tests of Astrology Do Not Support Its Claims", The Skeptical Inquirer, Vol. 9, nº 3, p. 211. 

John McGervey, "A Statistical Test of Sun-sign Astrology", The Zetetic, Vol. 1, nº 2, p. 53. 


Fundador e pastor presidente do Ministério Evangélico Esperança em São Vicente/SP, jornalista, poeta, membro da Academia Vicentina de Letras, professor de teologia, colunista do Hoje Jornal (SBC), palestrante nas áreas de escatologia, apologética...

domingo, 8 de abril de 2012

A Idade das Trevas e a Igreja no séc. XXI


Luiz Fernando














idadedastrevasQuando estudava na faculdade de História a disciplina que mais me atraia era História Medieval. Talvez porque tenha me identificado com o professor. Sei que investi muito dinheiro adquirindo livros sobre este período da nossa história. O imaginário medieval é algo espetacular. As justificativas eram sempre apelando para o espiritual e sobrenatural. Em nome de Deus chegou-se a vender perdão de pecados, pedaços da cruz de Cristo, pedaços dos ossos do jumento que levou Jesus para Jerusalém. Visitar túmulos de santos era uma prática que estava na moda. As Escrituras Sagradas eram distorcidas para atender as demandas financeiras e de poder da Igreja Romana.
Quando conclui meu curso verifiquei que, em termos espirituais, a igreja retrocedeu àquele período. Abandonamos os pressupostos teológicos sadios e abraçamos com ânsia o imaginário medieval. Quem crê que uma boa teologia é fundamento para crescimento sadio da igreja é taxado de herético ou mesmo frio e tradicional e merece o tribunal do santo oficio moderno (evangélico). A igreja está à sombra da Idade Média. Suas práticas são medievais e encontrou no vazio da pós-modernidade o terreno ideal para crescimento. Vejamos algumas práticas medievais em andamento:
1 – Atos proféticos – Terminologia desconhecida da Bíblia. Acredito que por não vivenciarmos com clareza, decência e boa base bíblica os dons espirituais, alguns despercebidos “teólogos” cunharam esta terminologia inócua. Para tais, os atos proféticos são comportamentos feitos aqui na terra que terão como conseqüência suas realizações no mundo espiritual. Daí vermos comportamentos dignos de dó e de total desprezo. Alguns em nome de uma espiritualidade doentia chegaram a tomar um avião e despejar óleo ungido sobre cidades, achando que assim estariam abençoando tal área geográfica. Ouvi de um pastor em um programa de televisão que: “por ter entendido que o óleo ungido seria jogado sobre Belo Horizonte então os demônios sairiam de Belo Horizonte e iriam para Sabará, lugar originador de Belo Horizonte”. Tal pastor correu para sua cidade (Sabará) e realizou atos proféticos para impedir a chegada dos demônios que supostamente sairiam de Belo Horizonte. Sabará é cidade vizinha a Belo Horizonte.
Outros convocaram os membros de suas igrejas para se posicionarem na Avenida do Contorno, em Belo Horizonte, para derramarem leite e mel sobre cada quarteirão desta avenida no intuito de ver a cidade prosperar.
Fiquei a me perguntar: o que mudou após tais atos proféticos? Os índices de criminalidade, prostituição, tráfico de drogas etc., diminuíram? Há poucos anos tínhamos em Belo Horizonte uma média de 03 mortes por final de semana. Hoje chegamos a mais de 20. Por que tais atos proféticos não resultaram em melhoria desses índices? A resposta mais simples é que são inócuos.
2 – Nomes Amaldiçoados – Pratica anti-bíblica. Alguns crêem que alguns nomes trazem consigo maldição e que pessoas que possuem tais nomes são amaldiçoadas. Daí vermos um comportamento infantil de até pastores trocarem seus nomes. Parece com a prática da numerologia que diz que alguns nomes precisam ser modificados para atrair melhorias em diversas áreas. A verdade é que não existem nomes amaldiçoados. A verdade é que tal ensinamento aprisiona pessoas em nome de Deus. Adoece e não apresenta cura, pois, a simples troca de nomes nada significa no mundo espiritual.
3 – Quebra de Maldições Hereditárias – Prática anti-bíblica. Alguns pregadores afirmam que demônios perseguem famílias inteiras. Que demônios que oprimiram parentes no passado acompanham as gerações posteriores. Milhares de cristãos adoecem por causa de ensino herético. Para tais pregadores necessário se faz fazer correntes espirituais para quebrar tais maldições. No final da corrente o pastor ora e o mal vai embora. Isso cheira a xamanismoIsso cheira a animismo. Nada me convence que isso não é somente para tirar dinheiro dos pobres cristãos, que em tudo são muito crédulos. Se o sacrifício do Senhor Jesus Cristo na cruz não foi suficiente para nos libertar de qualquer maldição, então nada mais será. Se o sangue derramado na cruz não quebra nossas maldições, muito menos a oração de um pastor qualquer. Paulo nos diz que já somos mais que vencedores em Cristo Jesus. João nos ensina que o maligno não nos pode tocar. Pedro nos lembra que somos povo de propriedade exclusiva de Deus, sacerdócio real, nação santa. Isso bastaria para nos deixar descansados. Mas os homens criaram mediadores para interferirem na obra do Calvário. Em Cristo todo cristão é completamente livre. Satanás é limitado por ser criatura. Somente age dentro dos limites que Deus permite. Deus nunca nos entrega nas mãos de Satanás. Em Cristo somos novas criaturas, entramos em um novo aion (tempo) onde Cristo é nosso Senhor e a escravidão do passado foi revogada e cravada na cruz.
4 – Dar legalidade – Prática anti-bíblica. Ensino esdrúxulo que diz que se pecarmos damos legalidade para o diabo atuar em nossas vidas. Como se nossa salvação tivesse dependido exclusivamente de nós ou se nós tivéssemos grande parte nessa salvação. Quando Cristo nos comprou na cruz passamos a ser dEle. Somente dEle. Fomos comprados por bom preço conforme Paulo nos diz em primeiro Coríntios. Precisamos lembrar que a Graça de Deus nos foi comunicada. Que fomos salvos pela Graça e somente isso. propriQue a cruz nos leva a ser edade exclusiva de Deus. Se somos propriedade exclusiva de Deus não temos direito de dar legalidade para o diabo em instância alguma. Paulo se dizia escravo de Cristo. Escravo não tem vontade, poder e não possui nada para dar. De onde tiraram que podemos dar legalidade ao diabo?
Com esse ensino gera-se uma neura que perturba o cristão que passa e olhar para ver se tudo o que faz não o faz em pecado. O medo se instalou.
5 – Objetos consagrados – Prática anti-bíblica. Alguns mercenários com nome de pastores chegam a distribuir cimento abençoado, outros martelinhos cheios de óleo para quebrar maldições. Alguns descobriram um jeito bom de ganhar dinheiro ao distribuírem unções com ungüentos ou essências vindas do oriente médio. Vi um pregador oferecer a unção com mirra para o embelezamento interior e exterior. Creio que não funcionou para seu casamento, pois, acaba de divorciar. São práticas medievais que ainda persistem em nosso meio. Tais pregadores nunca souberam que tudo vem da maravilhosa Graça de Jesus. São descarados e abomináveis tais personagens.
6 – Unções com os mais variáveis nomes – Prática anti-bíblica. Por uma quantia de dinheiro prometem unções de todos os tipos. Um apóstolo ofereceu unção de nobreza de Salomão por R$ 10.000,00. O mesmo apóstolo recebeu profecia de Morris Cerullo que porque ele, o apóstolo, estava segurando sua camisa e Cerullo era Judeu, então o apóstolo receberia a unção de Davi. Repetidas vezes foi oferecida a unção financeira ilimitada, cura e envio de anjos por R$ 900,00. Talvez o argumento para se repetir o programa seja porque milhares de pessoas ligaram para dizer que aceitavam tal desafio financeiro. Vox populi nunca foi Vox Dei. Se fosse nunca teriam pedido a soltura de Barrabás, nunca pediriam a Aarão que fizesse um bezerro de ouro para adoração. A massa é levada por manipulação e tais pregadores fazem das massas evangélicas massa de manobra. São incapazes de usar os neurônios. Dizem que uma palavra profética não pode ser desprezada. Digo para desprezarmos toda palavra profética que ferir a Palavra de Deus. Nunca uma profecia enunciada por um homem foi maior do que a Palavra de Deus. Paulo diz para julgarmos as profecias e se isso é assim é porque existem falsos profetas e falsas profecias. Mas quando muito dinheiro circula vale tudo. A Palavra de Deus é suficiente para nos assegurar equilíbrio emocional e espiritual. É suficiente para nos emancipar das sombras da Idade Média espiritual e nos fazer maduros em Cristo.
A igreja precisa pregar O Evangelho e não sobre o evangelho. Os pregadores precisam entender que suas funções são apresentar o cristão maduro diante de Deus e pregar um evangelho descontaminado.
Deixemos as crendices e nos voltemos para a realidade da Palavra de Deus.
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. de Souza