quinta-feira, 25 de julho de 2013

Princípios Hermenêuticos de Martinho Lutero

Por Weldon E. Viertel


Lutero não tinha encontrado perdão de pecados e uma relação pessoal com Deus por meio de seus estudos da doutrina eclesiástica. Enquanto estudava o livro de Romanos, descobriu que a salvação é pela fé somente, e não pela mediação da Igreja e dos sacramentos. Sua experiência de salvação influenciou seu ponto de vista das Escrituras como a única autoridade em matéria de fé. Sua experiência espiritual também o influenciou a perceber que a interpretação das Escrituras envolvia mais que um conhecimento erudito daquilo que os Pais, porventura, tivessem pronunciado sobre uma passagem da Bíblia.

O Princípio da Escritura Somente (“Sola Scriptura”) – A Escritura é a autoridade suprema em matéria de fé, à parte das tradições, dos Pais e da interpretação oficial da Igreja. A Igreja é a criação do evangelho e incomparavelmente inferior ao Evangelho. A tarefa da Igreja é declarar os ensinos da Bíblia, em vez de criar artigos de fé.

O Sentido Literal da Escritura – Somente o sentido literal é que deve ser usado na interpretação da Escritura. Rejeitou o quádruplo sentido da Escritura usado pelos intérpretes medievais. O sentido literal da Escritura se baseia num conhecimento de gramática, do fundamento histórico (época, circunstâncias e condições), observação do contexto da Escritura, iluminação espiritual, a referencia de toda Escritura a Cristo. Lutero concluiu que os erros não se originaram das palavras simples da Escritura, mas pela negligência das palavras simples. Colocou o sentido quádruplo à margem, como ficção. Declarou que cada passagem tem seu verdadeiro sentido, próprio, claro, definido. Todos os outros sentidos são opiniões incertas.

O Princípio da Clareza (Perspicuidade) – Este princípio significa que a Bíblia pode ser entendida pelo cristão devoto e competente, que não necessita da direção oficial da Igreja. A Bíblia é suficientemente clara para apresentar sua significação ao crente. Lutero exagerou a simplicidade da Bíblia. Seu ensino a respeito da salvação e muitos outros assuntos; todavia, alguns versículos bíblicos têm sido interpretados de modo variado. Lutero acreditava que a Bíblia era suficiente em si mesma para o intérprete. Passagens obscuras deveriam ser interpretadas à luz de passagens claras. (...)

O Princípio da Responsabilidade Individual – O direito do julgamento privado foi mantido por Lutero. Ele não acreditava que o sacerdote tivesse maior capacidade espiritual para discernir a verdade que o leigo. Manteve que há diferença de ofício, mas não em direitos espirituais. Cada cristão é um sacerdote ou ministro, e é responsável em discernir a verdade da Palavra. O Espírito Santo é dado a todos os cristãos para que sejam guiados ao conhecimento da verdade. Visto que cada cristão terá que comparecer perante o tribunal, é seu privilégio e responsabilidade provar sua fé e conduta pelas Escrituras.

O Princípio da Interpretação Cristocêntrica – Lutero usou este princípio, procurando fazer da Bíblia inteira um livro cristão. Ele acreditava que a canonicidade de um livro era determinada pelo fundamento se o livro pregava Cristo ou não. O propósito da Bíblia era levar o homem ao confronto com Deus e sua exigência de fé. Um livro que, porventura, não pregasse a Cristo não poderia atingir esse objetivo. Desde que Lutero rejeitou o método alegórico da interpretação, frequentemente ele empregava a tipologia para encontrar Cristo nos ensinos do Velho Testamento. Cristo é o “tesouro escondido” e a “pérola de grande preço” no Velho Testamento.

O Princípio da Iluminação Espiritual – Visto que a Escritura lida com a vontade de Deus e com o coração do homem, o discernimento espiritual de um santo poderá ser de maior valor que a habilidade de um gramático. O Espírito Santo traz iluminação à mente do homem à medida que Deus fala ao coração do leitor mediante as Sagradas Escrituras.

Fonte: A Interpretação da Bíblia - Estudos Teológicos Programados
Weldon E. ViertelEdição de 1979 - Juerp.
Divulgação: 


fonte- Blog dos Bereianos-

quarta-feira, 1 de maio de 2013

PREGUE A VERDADE....











Jamais aspirei ser conhecido como um teólogo, um apologista ou um erudito. Minha paixão é ensinar e pregar a Palavra de Deus. Embora tenha abordado questões teológicas e controvérsias doutrinárias, em alguns de meus livros, nunca o fiz sob o ponto de vista da teologia sistemática. Pouco me inquieta o fato de que algum assunto doutrinário se enquadra nesta ou naquela tradição teológica. Desejo saber o que é bíblico. Todas as minhas preocupações estão voltadas às Escrituras, e meu desejo é ser bíblico em todo o meu ensino.
Pregue a Palavra
Esta é a atitude com a qual abracei o ministério desde o início. Meu pai é um pastor, e, quando lhe disse, há alguns anos, que senti haver Deus me chamado para o ministério, ele me presenteou uma Bíblia em que havia escrito essas palavras de encorajamento: “Pregue a Palavra!” Esta simples frase se tornou um estímulo em meu coração. Isso é tudo que tenho me esforçado para fazer em meu ministério — pregar a Palavra.
Os pastores de nossos dias sofrem tremenda pressão para fazerem tudo,exceto pregar a Palavra. Eles são instruídos pelos eruditos do Movimento de Crescimento de Igreja que têm de alcançar as “necessidades sentidas” dos ouvintes. São encorajados a se tornarem contadores de histórias, comediantes, psicólogos e preletores que motivam. São aconselhados a evitarem assuntos que os ouvintes acham desagradáveis. Muitos já abandonaram a pregação bíblica em favor de mensagens devocionais que têm o objetivo de fazer as pessoas sentirem-se bem. Alguns têm substituído a pregação por dramatização e outras formas de entretenimento.
Mas o pastor cuja paixão é completamente bíblica tem apenas uma opção: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2).
Quando Paulo escreveu essas palavras a Timóteo, ele acrescentou este aviso profético: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fá- bulas” (vv. 3,4).
Com certeza, a filosofia de ministério do apóstolo Paulo não incluía a teoria de “dar às pessoas o que elas desejam”. Ele não instou Timóteo a realizar uma pesquisa a fim de descobrir o que as pessoas queriam; mas ordenou que ele pregasse a Palavra, com fidelidade, repreensão e paciência.
Na verdade, ao invés de insistir que Timóteo idealizasse um ministério que acumularia elogios do mundo, Paulo advertiu o jovem pastor a respeito de sofrimentos e dificuldades! O apóstolo não estava ensinando Timóteo sobre como ser bem-sucedido; estava encorajando-o a seguir o padrão divino. Paulo não o estava aconselhando a buscar prosperidade, poder, popularidade ou qualquer outro conceito mundano de sucesso. O apóstolo instava o jovem pastor a ser bíblico, apesar das conseqüências.
Pregar a Palavra nem sempre é fácil. A mensagem que somos exigidos a pregar é, com freqüência, ofensiva. O próprio Senhor Jesus é uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo (Rm 9.33; 1 Pe 2.8). A mensagem da cruz é uma pedra de escândalo para alguns (1 Co 1.23; Gl 5.11) e loucura para outros (1 Co 2.3).
Não temos permissão para embelezar a mensagem ou moldá-la de acordo com as preferências das pessoas. O apóstolo Paulo deixou isto claro, ao escrever a Timóteo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Tm 3.16 — ênfase acrescentada). Esta é a mensagem a ser proclamada: todo o conselho de Deus (At 20.27).
No primeiro capítulo de sua segunda carta a Timóteo, Paulo lhe dissera: “Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste” (2 Tm 1.13). O apóstolo se referia às palavras reveladas por Deus nas Escrituras — todas elas. Paulo instou Timóteo a guardar o tesouro que lhe havia sido confiado. No capítulo seguinte, o apóstolo aconselhou Timóteo a estudar a Palavra e manejá-la bem (2 Tm 2.15). E, no capítulo 3, Paulo o aconselhava a proclamá-la. Deste modo, todo o ministério de um pastor fiel gira em torno da Palavra de Deus — manter, estudar e proclamar.
Em Colossenses, Paulo, ao descrever sua própria filosofia de ministério, escreveu: “Da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus” (Cl 1.25 — ênfase acrescentada). Em 1 Coríntios, ele foi um passo além, afirmando: “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Co 2.1-2). Em outras palavras, seu objetivo como pregador não era entreter as pessoas com um estilo retórico ou diverti-las com esperteza, humor, novos pontos de vistas ou metodologia sofisticada; o apóstolo simplesmente pregou a Cristo.
A pregação e o ensino fiel da Palavra de Deus têm de ser o âmago de nossa filosofia de ministério. Qualquer outra filosofia de ministério substitui a voz de Deus pela sabedoria humana. Filosofia, política, psicologia, conselhos despretensiosos, opiniões humanas jamais são capazes de fazer o que a Palavra de Deus faz. Essas coisas podem ser interessantes, informativas, entreter as pessoas e, às vezes, serem úteis, mas elas não constituem o objetivo da igreja. A tarefa do pregador não é ser um canal para a sabedoria humana; ele é a voz de Deus para a igreja. Nenhuma mensagem humana tem o selo da autoridade divina — somente a Palavra de Deus. Como ousa qualquer pregador substituí-la por outra mensagem? Sincera-mente, não entendo os pregadores que estão dispostos a abdicarem deste solene privilégio. Por que devemos proclamar a sabedoria dos homens, quando temos o privilégio de pregar a Palavra de Deus?
Seja Fiel, Quer Seja Oportuno, Quer Não
Nossa tarefa nunca se acaba. Não apenas temos de pregar a Palavra de Deus, mas também precisamos fazê-lo apesar das opiniões divergentes que nos rodeiam. Somos ordenados a nos mostrarmos fiéis quando esse tipo de pregação for tolerado e quando não o for.
Encaremos esse fato: pregar a Palavra agora não é oportuno. A filosofia de ministério norteada por marketing, que está em voga no presente, afirma claramente que proclamar as verdades bíblicas está fora de moda. Exposição bíblica e teologia são vistas como antiquadas e irrelevantes. Essa filosofia de ministério declara: “As pessoas que freqüentam a igreja não querem mais ouvir a pregação da Palavra. A geração do pós-guerra simplesmente não agüenta ficar sentada no banco, enquanto à sua frente alguém prega. Eles são frutos de uma geração condicionada pela mídia e precisam de uma experiência de igreja que os satisfaça em seus termos”.
O apóstolo Paulo disse que o pregador excelente tem de ser fiel em pregar a Palavra, mesmo quando isso não está na moda. A expressão que ele utilizou “esteja pronto” (no grego, ephistemi) literalmente significa “permanecer ao lado”, retratando a idéia de prontidão. Era freqüentemente usada para descrever uma guarda militar, sempre a postos, preparada para o dever. Paulo estava falando sobre uma intensa prontidão para pregar, assim como a de Jeremias, o qual afirmou que a Palavra de Deus era como um fogo em seus ossos. Isto era o que Paulo estava exigindo de Timóteo: não relutância, e sim prontidão; não hesitação, e sim coragem; não mensagens que motivavam os ouvintes, e sim a Palavra de Deus.
Corrige, Repreende e Exorta
Paulo também deu a Timóteo instruções a respeito do tom de sua pregação. Ele utilizou duas palavras que têm conotação negativa e uma que é positiva: corrige, repreende e exorta. Todo ministério de valor precisa ter um equilíbrio entre coisas positivas e negativas. O pregador que falha em reprovar e corrigir não está cumprindo sua comissão.
Recentemente, ouvi uma entrevista no rádio com um pregador bastante conhecido por sua ênfase em pensamento positivo. Esse pregador tem afirmado em seus escritos que evita qualquer menção do pecado em suas pregações, porque ele acha que as pessoas, de alguma maneira, estão sobrecarregadas com excessiva culpa. O entrevistador perguntou-lhe como ele poderia justificar essa atitude. O pastor respondeu que bem cedo em seu ministério havia decidido focalizar as necessidades das pessoas e não atacar seus pecados.
Entretanto, a mais profunda necessidade das pessoas é confessar e vencer seus pecados. Portanto, a pregação que não confronta e corrige o pecado, através da Palavra de Deus, não satisfaz a necessidade das pessoas. Falas sentirem-se bem e res- ponderem com entusiasmo ao pregador. Mas isso não é o mesmo que satisfazer suas verdadeiras necessidades.
Corrigir, repreender e exortar é o mesmo que pregar a Palavra de Deus, pois estes são os ministérios que as Escrituras realizam – “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Tm 3.16). Observe o mesmo equilíbrio de tom positivo e negativo. Repreensão e correção são negativos, ensinar e educar são positivos.
O tom positivo é crucial também. A palavra “exorta” é para kaleo, um vocábulo que significa “encoraja”. O pregador excelente confronta o pecado e, em seguida, encoraja os pecadores arrependidos a comportarem-se de maneira cor-reta. Ele tem de fazer isso, com “paciência e longanimidade” (2 Tm 4.2). Em 2 Tessalonicenses 2.11, Paulo falou sobre exortar, encorajar e implorar, “como um pai a seus próprios filhos”. Isto freqüentemente exige muita paciência e instrução. Todavia, o pastor excelente não pode negligenciar esses aspectos de sua vocação.
Não se Comprometa em Tempos Difíceis
Existe urgência no encargo de Paulo ao jovem Timóteo: “Haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Tm 4.3). Esta é uma profecia que lembra aquelas que encontramos em 2 Timóteo 3.1 (“Sabe, porém isto: Nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis”) e 1 Timóteo 4.1 (“O Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé”). Este, portanto, é o terceiro aviso profético de Paulo advertindo Timóteo a respeito dos tempos difíceis que estavam por vir. Observe a progressão: o primeiro aviso dizia que viria o tempo em que as pessoas se apartariam da verdade. O segundo advertia Timóteo sobre o fato de que tempos perigosos estavam vindo à Igreja. E o terceiro sugere que viria o tempo em que haveria na igreja aqueles que não suportariam a sã doutrina e, em vez disso, desejariam ter seus ouvidos coçados.
Isso está acontecendo na Igreja hoje. O evangelicalismo perdeu sua tolerância em relação à pregação confrontadora. As igrejas ignoram o ensino bíblico sobre o papel da mulher na igreja, a homossexualidade e outros assuntos. O instru- mento humano tem sobrepujado a mensagem divina. Esta é a evidência do sério comprometimento doutrinário. Se as igrejas não se arrependerem, esses erros e outros semelhantes se tornarão epidêmicos.
Devemos observar que o apóstolo Paulo não sugeriu que o caminho para alcançar nossa sociedade é abrandar a mensagem, de modo que as pessoas sintam-se confortáveis com ela. O oposto é verdade. Esse coçar os ouvidos das pessoas é uma abominação. Paulo instou Timóteo a estar disposto a sofrer por amor à verdade e continuar pregando a Palavra com fidelidade.
Um intenso desejo por pregação que causa coceira nos ouvidos tem conseqüências terríveis. O versículo 4 diz que essas pessoas “se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2 Tm 4.4). Elas se tornam vítimas de sua própria recusa em ouvir a verdade. “Se recusarão” está na voz ativa. As pessoas voluntariamente escolherão essa atitude. “Entregando-se às fábulas” está na voz passiva; descreve o que acontece a tais pessoas. Tendo se afastado da verdade, elas se tornam vítimas do engano. Ao se afastarem da verdade, tornam-se presas de Satanás.
A verdade de Deus não coça nossos ouvidos; pelo contrário, ela os golpeia e os queima. Ela reprova, repreende, convence; depois, exorta e encoraja. Os pregadores da Palavra têm de ser cuidadosos em manter esse equilíbrio.
Sempre houve nos púlpitos homens que reuniram grandes multidões porque eram oradores dotados, interessantes contadores de histórias e preletores que entretinham os ouvintes; tinham personalidades dinâmicas; eram perspicazes manipuladores das multidões, políticos populares, elaboradores de mensagens que estimulavam os ouvintes e eruditos. Esse tipo de pregador pode serpopular, mas não é necessariamente poderoso. Ninguém prega com poder, se não pregar a Palavra de Deus. Nenhum pregador fiel minimiza ou negligencia todo o conselho de Deus. Proclamar toda a Palavra – essa é a vocação do pastor.
Autor: John MacArhtur
Fonte: [ Editora Fiel ]

sábado, 26 de janeiro de 2013

SUPERSTIÇÃO. VOCÊ TEM ALGUMA???


NESSA SÉRIE, SUPERSTIÇÃO, QUERO AQUI TRAZER VÁRIOS ASSUNTOS RELACIONADOS AS CRENDICES POPULARES, E COMO ESSAS CRENDICES AFETARAM O CENÁRIO RELIGIOSO BRASILEIRO, E VOCÊ MESMO COM VÁRIOS ANOS DE CRENTE, PODERÁ CONSTATAR SE TRAZ NA SUA HERANÇA RELIGIOSA OU ENTENDIMENTO (COSMOVISÃO CRISTÃ) ALGUMA PRÁTICA PAGÃ.


O QUE É SUPERSTIÇÃO?
Do latim. superstitione. O Dicionário Aurélio define superstição da seguinte maneira:
1. Sentimento religioso baseado no temor ou na ignorância, e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes; crendice.
2. Crença em presságios tirados de fatos puramente fortuitos.
3. Apego exagerado e/ou infundado a qualquer coisa:
O Brasil, devido a mistura de raças (o índio, o negro e o europeu) é um campo fértil para as mais variadas e aberrantes superstições. A religião que deveria ser a sanadora deste problema, na verdade é a que mais o formenta. A religião indígena animista, o espiritismo africano misturado com práticas supersticiosas católicas, formaram e moldaram durante estes 500 anos as crendices do povo brasileiro.
VOCÊ ACREDITA NISSO?
Não se sabe ao certo a origem exata de como a superstição começou influenciar na vida do homem. Mas com certeza essas práticas que existem hoje tem sua origem nas antiqüíssimas religiões da Assíria, Babilônia, Egito, Grécia e Roma. São resquícios de práticas idólatras já há muito tempo condenadas pela Bíblia. O homem apartado de seu criador procura subjugar o reino das trevas através de amuletos, encantamentos, rezas portáteis e esconjuros aos quais atribuem poderes mágicos. Veja por exemplo, o ritual católico de exorcismo, mais se assemelha a rituais pagãos do que ao ensino Bíblico sobre expelir demônios. O universo das crendices é deveras enorme. Existem superstições para todas as ocasiões e pessoas. Há aquelas que são ligadas a avisos tais como:
Borboletas negras = sinal de morte.
Caiu um talher = visitas chegando.
Viajar com padres = desgraça na certa.
Vestir roupa ao avesso = recebimento de dinheiro.
Sentir a orelha quente = alguém está falando da pessoa.
Morto de olho aberto = haverá outro morto.
Ainda temos: colocar vassoura virada atrás da porta faz a visita ir embora, passar debaixo de escadas traz azar, dormir com os pés voltados para a porta traz a morte.
Tem ainda as superstições ligadas à medicina natural como simpatias para curar bronquite úlcera, dores e inflamações. Por exemplo: banhar os olhos em urina de recém nascido do sexo masculino cura conjuntivite; passar no pescoço o sangue de galinha preta cura inflamação na garganta; comer formigas para recuperar a visão; a mulher deve beber um copo de água em que o marido tenha lavado o rosto para evitar aborto.
ORIGEM DE ALGUMAS SUPERSTIÇÕES
Por que a sexta feira 13 é considerada o dia do azar?
Tudo indica que essa crendice vem de duas lendas da mitologia nórdica. De acordo com a primeira delas, houve, no Valhalla – a morada celestial das divindades –, um banquete para 12 convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga em que morreu Balder, o favorito dos deuses. Instituiu-se, então, a superstição de que convidar 13 pessoas para jantar era desgraça na certa e esse número ficou marcado como símbol do azar. A segunda lenda é protagonizada pela deusa do amor e da beleza, friga, cujo nome deu origem às palavras friadagr e Friday, “sexta-feira” em escandinavo e inglês. Quando as tribos nórdicas se converteram ao cristianismo, a personagem foi transformada em uma bruxa exilada no alto de uma montanha. Para se vingar, Friga passou a reunir-se, todas as sextas feiras, com outras 11 feiticeiras, mais o próprio satanás, num total de 13 participantes, para rogar pragas sobre a humanidade. Da Escandinávia, a superstição espalhou-se por toda a Europa, reforçada pelo relato bíblico da Ultima Ceia, quando havia 13 pessoas à mesa, na véspera da crucificação de Cristo – que aconteceu numa sexta-feira. No Antigo Testamento judaico, inclusive, a sexta-feira já era um dia problemático desde os primeiros seres humanos. Eva teria oferecido a maça a Adão numa sexta-feira e o grande dilúvio teria começado no mesmo dia da semana.
Como surgiu o costume de bater na madeira para afugentar o azar?
A versão original consistia em bater no tronco de uma arvore e sua origem mais provável pode estar no fato de os raios caírem freqüentemente sobre as arvores. Os povos antigos – desde os egípcios até os índios do continente americano – teriam interpretado este fato como sinal de que tais plantas seriam as moradoras terrestre dos deuses. Assim, toda vez que sentiam culpados por alguma coisa, batiam no tronco com os nós dos dedos para chamar as divindades e pedir perdão. “A s árvores são sagradas em todas as culturas e religiões: um símbolo universal do elemento de ligação entre o céu e a terra”, diz Maria Ângela de Almeida, teóloga da Pontífice Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Os celtas também eram adeptos desse costume: seus sacerdotes, os druidas, batiam na madeira para afugentar os maus espíritos, acreditando que as árvores consumiam os demônios e os mandavam de volta à terra. Já na Roma antiga, batia-se na madeira da mesa, peça de mobília também considerada sagrada, para invocar as divindades protetoras do lar e da família.
Por que o gato preto é considerado mau agouro? 
A superstição teve origem na Idade Média, quando se acreditava que os felinos, devido a seus hábitos noturnos, tinham parte com o demônio – e se o bichano era da cor negra, habitualmente associada às trevas, pior ainda para ele. Assim, no imaginário medieval, o gato preto tornou-se tão inseparável da mística figura da feiticeira quano a vassoura voadora. No século XV, o papa Inocêncio VIII (1432-1492) chegou a incluir o pequeno animal na lista de perseguidos pela inquisição, campanha assassina da Igreja Católica contra supostas heresias e bruxarias. A perseguição atingiu seu auge na Inglaterra do século XVI, época de repentino aumento da população felina nas cidades. Consta que, em certa noite de 1560, em Lincolnshire, um gato preto foi ferido a pedradas. Encurralado, ele refugiou-se na casa de uma velhinha que costumava a dar abrigos a gatos de rua. No dia seguinte, essa pessoa também apareceu machucada – o que fez o povo local concluir que ela era uma bruxa e o gato, seu disfarce noturno. Nessa tentativa de combater o paganismo, a Inquisição inverteu uma tradição milenar, pois os gatos eram reverenciados como divindades, principalmente entre os antigos egípcios. Na França, a perseguição aos gatos durou até 1630, quando foi proibida pelo rei Luiz XIII (1601-1643). Há, no entanto, uma pesquisa do hospital de Long Island, nos Estados Unidos, que indica que, pelo menos para pessoas alérgicas, um contato com um gato preto pode ter péssimos efeitos. Isso porque os pêlos felinos dessa cor conteriam uma maior quantidade de substancias alérgicas.
Por que a ferradura é símbolo de boa sorte?
Há registros de que esse objeto já era considerado um amuleto poderoso desde a Grécia antiga. Primeiro, porque era feito de barro, elemento que os gregos acreditavam proteger contra todo mal. Além disso, seu formato lembrava a lua crescente, símbolo de fertilidade e prosperidade. Os romanos, herdeiros de boa parte das tradições gregas, adotaram também esta superstição e a passaram adiante. Os cristãos europeus, por sua vez, creditam sua origem a São Dunstan de Canterbury (924-988), monge e arcebispo inglês conhecido como grande estudioso da metalurgia, tendo aperfeiçoado as tecnicas de fabricação de sinos – além de ser músico e pintor. Segundo a lenda, Dunstan teria colocado ferradura no próprio demônio e somente as tirou depois de ouvir as promessas do capeta de que nunca mais se aproximaria do objeto. A tradição manda colocar ferradura no alto da porta, com as pontas viradas para cima, se não a sorte vai embora. Mas há países, como a Espanha, em que acredita-se que a ferradura deve apontar para baixo, para que a sorte se espalhe por toda a casa.
Quebrar espelho traz azar? 
Outra superstição bem conhecida diz que se alguém quebrar um espelho vai ter 7 anos de azar. Esta crença remonta a milhares de anos, quando se acreditava que a imagem de uma pessoa, seja numa pintura ou um reflexo, era parte dela e qualquer coisa que acontecesse com a imagem, sucederia a ela.
Porque deseja-se “saúde” quando se espirra?
Quando se espirra diz-se “gesundheith” – que em alemão quer dizer “boa saúde para você” ou, como dizemos, “Deus te abençoe”. Porque não oferecemos uma oração a quem tosse, só a quem espirra? Esta crença também é muito antiga, quando se acreditava que o espírito do indivíduo morava em sua cabeça, e um bom espirro poderia faze-lo ir embora. A idéia corrente era que os espíritos maus andam rodeando, tentando entrar na cabeça da pessoa, e seus amigos deveriam dizer uma prece para manter os espíritos maus longe.
Daniel Cohen também dá outra ilustração sobre a antiga crença de que os espíritos poderiam sair do corpo: “Quando se espirra, deve-se cobrir o nariz com um lenço. É uma questão de bom senso porque o espirro espalha germes. Mas por que razão cobre-se a boca com um lenço quando se boceja? Não fazer isso é considerado grosseiro, embora o bocejar espalhe poucos ou nenhum germe. Este hábito também começou a milhares de anos, quando o homem tinha medo que seu espírito poderia escapar pela boca aberta ou que algum espírito mau pudesse entrar. Assim tapava a boca com a mão. Em nossa época esta crença antiga mudou. Há pais que dizem aos filhos para cobrir a boca ao bocejar, senão pode entrar um mosquito.
Liberte-se
O povo Brasileiro precisa urgentemente ser liberto das crendices que assolam a sua vida espiritual. A única pessoa que leva vantagem em tudo isto é o inimigo de nossas almas: o diabo, nosso adversário. A Bíblia diz que ele cegou o entendimento dos incrédulos (II Co. 4:4). Por outro lado, Jesus, veio para nos libertar das crendices e superstições. O diabo prende as pessoas debaixo do medo desses espíritos, mas a Bíblia nos diz que o Filho de Deus se manifestou para destruir as obras do diabo (I Jo. 3:8). O único poder que pode libertar verdadeiramente o ser humano é a verdade através do evangelho de Cristo, pois ele mesmo disse: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jô. 8:32). Você não precisa viver mais dependendo de rezas, encantamentos, amuletos, plantas, rogos ou qualquer espécie de artifício para afugentar o mal. Não precisa ir mais na benzedeira para “trancar o corpo” ou coisa parecida, tão somente deixe Jesus entrar em seu coração e você verá que nada disso atinge um verdadeiro servo de Deus, um cristão de verdade. A Bíblia chega mesmo a dizer que “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o Maligno não lhe toca.” ( I Jo. 5:18).

FONTE: CACP.

domingo, 6 de janeiro de 2013

CAFETÕES DA PROSPERIDADE.






MAIS UMA VEZ VENHO A AFIRMAR, TENHO VERGONHA DE SER CHAMADO DE EVANGÉLICO.
ACREDITO QUE NÃO PRECISO DE COMENTAR MUITA COISA, POIS O VÍDEO POR SI SÓ É UMA PROVA DEFINITIVA DE QUE ESSES HOMENS VENDERAM SUAS ALMAS A MAMOM.

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