sábado, 13 de agosto de 2011

GERAÇÃO MIOJO.


Geração Miojo

Por Clayton Olee

Renato Russo dizia pertencer à geração Coca-Cola. O tempo passou e hoje a nossa geração se identifica com outro produto. O miojo.

Somos a geração do instantâneo.

Um toque no IPhone nos coloca em contato com o mundo inteiro. São tantas redes “sociais”. Não precisamos nos preocupar com endereços já que o GPS conhece todos os caminhos do planeta inteiro.

Este novo mundo instantâneo é tão atraente e eficiente que várias vezes chegamos a nos perguntar como era possível até bem pouco tempo viver sem essas facilidades.

Nos esquecemos que a Bíblia foi escrita em outra época. No ritmo das ferramentas dos agricultores, na cadencia dos pastores nos campos onde a vida corre sem pressa e onde a urgência é falta de sabedoria.

Na esfera da fé também mais do que nunca queremos resultados imediatos. Tudo está tão organizado, sistematizado e catalogado que para conseguir alguma coisa de Deus basta seguir 12 passos para isso, 8 semanas para aquilo e BUM!! Resultado alcançado. Daqui a algum tempo vamos pedir que o Senhor responda nossas orações de preferência em até 140 caracteres.

Nos esquecemos que o convite de Jesus aos apóstolos não foi para seguirem-no e viver três anos de aventura. Foi, sobretudo um gracioso desafio a seguirem-no por toda vida e para além dela.

Conhecer Jesus é muito mais que 7 semanas de campanha. É mais profundo do que algumas pregações e músicas nos sugerem. Às vezes parece que alguns estão adorando um deus miojo. Um deus para hoje, para já. E só.

A maior prova disso é a multidão de crentes com medo da morte lotando as igrejas. Perdemos o foco do eterno. Não desejamos mais cumprir a carreira e receber o maior prêmio de todos. Ver Jesus face a face. Desejamos ardentemente esse mundinho de pequenas facilidades e bênçãos instantâneas.

Como você tem tratado Jesus em seu coração?



fonte: territorio7.com.br

    sexta-feira, 12 de agosto de 2011

    A verdadeira marca que carregamos


    A verdadeira marca que carregamos

    Por Adeildo N. Filho 
    Ontem mesmo estava pensando qual será a minha próxima vitória, qual o próximo milagre que preciso para minha vida, qual a próxima benção para que o maravilhoso mar de rosas prometido por Jesus aos seus seguidores chegue a minha existência terrena.
    O mundo está mudando a olhos vistos e nada mais justo que mudemos com ele. Nada mais sensato e atual que ajustar nossas velas e navegarmos no belo e esperançoso oceano da prosperidade, da riqueza, do novo Brasil e do novo mundo. Nunca foi tão fácil pregar. Não somos mais perseguidos ou chamados de conspiradores da ordem Romana. Agora somos cults e descolados. Vivemos vidas abastadas e cheias de testemunhos de casas novas e carros zero quilômetro.
    Nossos encontros não são mais feitos em catacumbas ou escondidos da polícia ou do exército. Multidões se reúnem em locais públicos a espera do reconhecimento televisivo no jornal da noite ou no programa semanal de domingo. Nossos eventos, cercados de pompa e circunstância, atraem as autoridades e os formadores de opinião da nossa rica sociedade. Estar perto de nós significa reverência e respeito ao espiritual.
    O “povinho” de ontem são os abençoados de hoje e aqueles que vão ganhar a nação no futuro. Como dizem alguns logo, logo elegeremos o próximo presidente e então seremos imbatíveis. Nem um estado laico poderá nos segurar. Converteremos todos e todos serão abençoados, receberão seus milagres e bênçãos e então seremos todos felizes e prósperos.
    Ser crente nunca foi tão fácil. Se você conversar com sua mãe, pai, avô ou avó verá que as coisas mudaram. E não se trata de uma mudança pontual, são séculos de mudanças e transformações. Assim como a sociedade mudou os crentes também mudaram e vão seguir mudando.
    Mas se a cada dia que passa está mais fácil ser crente o inverso se mostra verdadeiro quando falamos em ser Cristão. Se no passado os valores, a moral, os costumes e os hábitos cristãos eram muito bem aceitos pela sociedade o presente se mostra totalmente diferente.
    O filho de Deus aos poucos vai se transformando no maior pensador, executivo, educador, líder, psicólogo, alma iluminada, espírito de luz, guia, guru, etc. Manipulam suas verdades e ensinamentos mais simples e básicos em arcabouços supostamente teológicos para que as boas novas sejam boas e novas para todos os públicos. Para que atendam a todos os gostos, opiniões, grupos, raças, tribos, ambições e desejos.
    Para que carregar uma cruz se posso pagar para que alguém faça isso por mim. Para que dar a outra face se a segurança e conforto da minha vida me mantem longe dos baderneiros e briguentos. Para que dar emprestado sem esperar ter o montante de volta se os bancos e financeiras fazem isso sem que ninguém precise sair de casa. Para que comunhão com outras pessoas se posso assistir ao culto no conforto de minha poltrona pela internet ou pela TV. Para que ser pobre se posso ser o mais rico e próspero de todos os homens. Mais fácil e justo é pensar e orar a respeito da minha próxima benção.
    Se bem aventurado é o sinônimo bíblico para felicidade concluo que vivo num mundo cheio de crentes infelizes. O progresso e o consumismo diminuirão o número de pobres, quebrantados, mansos, famintos, misericordiosos, limpos de coração, pacificadores e perseguidos. O futuro não será um local bom para verdadeiros cristãos. Seremos infelizes sob a ótica social e imorais segundo os padrões e valores da pós-modernidade. Talvez seja essa a marca tão aguardada pelo reino do anticristo, talvez seja essa a marca que nos tornará diferentes.
    No futuro a história do Deus que deixou o esplendor de sua glória, seu reino de majestade e poder, suas legiões de anjos adoradores e sua natureza atemporal para se fazer menino, pobre, passar fome, sede, frio, ser traído, preso, torturado e assassinado não será uma história digna de ser contada as crianças porque será a antítese do sucesso e da prosperidade. Afinal de contas quem em sã consciência optaria por uma história dessas? A humanidade caminha em outra direção.
    No futuro não será necessário nenhuma tatuagem, código de barras ou chip para identificar um de nós. O sangue da vítima que planejou seu próprio assassinato brilhará nos pobres, quebrantados, mansos, famintos, misericordiosos, limpos de coração, pacificadores e – se Deus quiser – “perseguidos”.


    via- blog ministério batista beréia

    quarta-feira, 10 de agosto de 2011

    ERRANDO O ALVO.



                                                                                         


























    ERRANDO O ALVO.


    Dias atrás lendo algumas publicações militares, li que as forças armadas dos países mais modernos, investiram, investem e continuarão a investir bilhões ou trilhões de dólares em armamento de (ponta de lança), como é que eles chamam as ultimas "tendências" do mercado militar mundial, é hoje você vai a feiras militares, e eles fazem exposições dos produtos de "guerra" mais modernos que você possa imaginar, existe um capacete desenvolvido para pilotos de caça, que possuem um sistema de mira em que o piloto do avião basta olhar para o alvo para que o míssil disparado pelo mesmo, atinga o ALVO em que o piloto estava olhando no momento do disparo, fazendo com que o disparo seja praticamente perfeito, essa tecnologia não pense vocês que é nova, pasmem ela foi desenvolvida por técnicos israelenses por volta da década de 60 ou 70! Hoje ela é mais moderna ainda e letal; e eu só falei de um sistema dentre outros centenas que existem, cuja tecnologia e operacionalidade assemelha-se a um filme de ficção científica. Tudo isso para que o Alvo seja atingido, sem que haja tempo de reação do inimigo ou sem que haja "danos colaterais", como por exemplo morte de civis inocentes.
    Você pode tá se perguntando, o que isso tem  "haver" com um blog apologético???!!!!
    Bem vou tentar explicar!
    No nosso "meio ambiente gospel", temos visto, grandes 'eventos'  sendo realizados com altos custos, operacionais, gasta-se milhões em eventos em que as 'massas' vão em peso, em que são 'convidados' verdadeiros artistas, com a pretensa e pseudo humildade de se autodenominarem "adoradores", "conferencistas", "apóstolos", e por ai vai, cobram altos 'cachês' valores que chegam a 'casa' de R$5.000,00 a R$ 200.000,00, mas não se assuste, é você quem está pagando, sou eu, somos nós, muitos desses 'astros' cantam e pregam heresias destruidoras, mas vale tudo né, afinal eles são 'ungidos', intocáveis, se estão na mídia e tem sucesso é porque "Deus aprovou" seu ministério...será???? Na Bíblia, existem vários 'maus exemplos' de 'crentes' que até tinham um certo prestigio com o povo, tinham um aparente 'sucesso' mas estavam na contra mão da vontade de Deus, na contra mão da Palavra de Deus e levaram o povo de Deus a APOSTASIA.
    Hoje fazemos grandes eventos mas no final, quantas almas se converteram? Quantas vidas foram realmente mudadas? Será que 2, 3, 4, 5...dias de festa será ou é o suficiente para que pessoas sejam transformadas? Pode até ser que aconteça, eu falei, pode. Jesus Cristo passou 3 anos e meio  ensinando seus discípulos, treinando-os, transformando suas matizes existenciais em uma nova criatura, foi um ensino árduo, difícil, mas Ele nos deixou um exemplo precioso de como não ERRAR O ALVO, no que tange ao ensino da Palavra de Deus, pois só ele pode transformar vidas, mudar pensamentos, quebrar paradigmas, mudar conceitos errôneos do que é religião, de quem é Deus, de quem somos nós, enfim mudar nossa cosmovisão a respeito da vida, sobretudo nós cristãos.
    Existem alguns 'sistemas de armas' dentro das Igrejas evangélicas sérias, existem alguns, mas vou citar uma chama-se: Escola Bíblica Dominical.  
    Esse 'sistema', quando bem aplicado, quando há investimentos, para que ele se torne atrativo, moderno, ele se torna mais eficaz ainda.
    Porém ele não 'traz' $dividendos$ as instituições eclesiásticas, mas os "grandes eventos" em que as massas de manobra vão ou frequentam são multiplicadores de $$$$$, enquanto o povo continua sedento da Palavra, sedento de Deus, sem um crescimento, amadurecimento, desenvolvimento espiritual sustentável, seus promotores mantém suas contas bancárias (abençoadas), suas casas em condomínios de luxo...pois bem eu nem 'poderia' estar escrevendo isso, pois posso ser classificado como : "rebeldia, orgulho, o dono da verdade e por ai vai"...mas tenho liberdade de expressão garantido por lei...mas isso é um outro assunto.
    Não precisa investir milhões nesse 'sistema', se os nossos líderes em geral incentivassem, apoiassem, divulgassem, quem sabe ele seria mais eficiente, eu disse quem sabe...pois do outro lado da moeda, tem o povo, a massa, que não se sente atraída, não tem interesse em se desenvolver espiritualmente, intelectualmente, pois estão acomodados, da maneira que tá ta bom, dizem, não preciso de 'frequentar a ebd', pois já sei o que preciso, é chato, mas os grandes eventos não, eles são atrativos, tem cantores famosos, pregadores de ponta...e assim continuam a ficar em suas vidas espirituais estagnadas e medíocres, afinal de contas, está escrito: "e por isso Deus lhes envia a operação do erro para que creiam na mentira", um evangelho mediocre para crentes mediocres.. Os lideres Erram o Alvo, por não darem o valor necessário a esse 'sistema de armas', pois ele não é $$$$$$$$; a massa não gosta, pois acha chato, não se tem tempo, sempre estão ocupados, ou tem-se um compromisso no mesmo momento, e continuam a errar sempre o alvo.... 
    Bom mas existe um remanescente fiel, uma minoria é claro, que não se cansa de crescer em graça e conhecimento, e é por eles que eu luto, que eu batalho, não são massas de manobra, eles estão sempre dispostos a acertar o Alvo...desses o nosso inimigo em comum (diabo), sempre vai encontrar dificuldade contra as suas vidas, pois possuem um 'sistemas' de armas letal, que é o conhecimento de Deus e de sua vontade, esses são crentes invencíveis.


    Que Deus possa sempre nos conceder de sua Graça, para que possamos sempre estar dispostos, e com o desejo de nos aproximarmos mais de sua presença, sem errarmos o Alvo.


    Professor Valdir.



    segunda-feira, 8 de agosto de 2011

    MARCHA, PROCISSÃO....QUE DIFERENÇA FAZ?


    110 MOTIVOS, PORQUE NÃO VOU A MARCHA.


    Na última quinta-feira, dia 03/09, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei que institui o Dia Nacional da Marcha para Jesus. Além da presença de Michel Temer, da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff e do senador e bispo da Igreja Universal, Marcelo Crivella, estavam presentes no evento os bispos Estevam e Sônia Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo. O casal voltou ao Brasil no começo de agosto, depois de um período de dois anos e seis meses de prisão e liberdade condicional nos Estados Unidos. Eles foram condenados após tentar entrar no país com US$ 56 mil não declarados.

    Antes de considerar o despropósito desta marcha, é preciso registrar a vergonha que temos ao ver o povo evangélico representado por um bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e pelo casal Hernandes.

    Entrando agora no mérito desta Marcha, alisto abaixo 10 motivos pelos quais nenhum cristão deveria participar desta marcha:

    1. A igreja e a marcha são lideradas por um homem que se autodenomina apóstolo. Este é um erro cada vez mais freqüente em algumas denominações neo-pentecostais de nosso país. É sabido que o título “apóstolo” foi reservado àquele primeiro grupo de homens escolhidos por Cristo. Após a traição e suicídio de Judas, os apóstolos escolheram outro para ocupar o seu lugar (At 1.15-20), mas, como foi feita esta escolha? Que critérios foram usados? Ei-los: 1º) Ter sido discípulo de Jesus durante o seu ministério terreno; 2º) Ter sido testemunha ocular do Cristo ressurreto. Como pode alguém, hoje, ousar sustentar o título de apóstolo?

    2. A igreja que organiza a marcha ensina Teologia da Prosperidade (crença de que o cristão deve ser próspero financeiramente), Confissão Positiva (crença no poder profético das palavras – assim como Deus falou e tudo foi criado, eu também falo e tudo acontece), Quebra de maldições (convicção de que podem existir maldições, mesmo na vida dos já salvos por Cristo) e Espíritos Territoriais (crença em espíritos malignos que governam sob determinadas áreas de uma cidade).

    3. A filosofia da marcha está fundamentada em uma Teologia Triunfalista (tudo sempre vai dar certo, não existem problemas na vida do crente), tendo como base textos como Êxodo 14 (passagem de Israel no mar Vermelho) e Josué 6 (destruição de Jericó);

    4. Uma das finalidades da marcha é promover curas e libertações;

    5. A marcha não celebra culto, e sim show gospel;

    6. Os líderes do movimento propagam que a marcha tem o poder de "mudar o destino de uma nação";

    7. Na visão do grupo, com base em Josué 1.3 "Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado", a marcha é uma reivindicação do lugar por onde passam na cidade;

    8. Na visão do grupo, a marcha serve para tapar as "brechas deixadas pelos atos ímpios de nossa nação";

    9. Na visão do grupo, a marcha destrói "fortalezas erguidas pelos inimigo em certas áreas em nossas cidades e regiões";

    10. A marcha tem caráter isolacionista, próprio de gueto, e não o que Cristo nos ensinou, a saber, envolvimento amplo na sociedade (Mt 5.13-16), com irrepreensível testemunho cristão (1Pe 2.12).

    Ademais, é importante observar que toda a organização da marcha está centrada nas mãos de uma igreja apenas, excluindo-se o alegado caráter de união entre os evangélicos.

    Tanta força e entusiasmo deveriam ser canalizados para a pregação do Evangelho a esta nação cada vez mais sedenta. As pesquisas indicam que os evangélicos já somam 15% da população brasileira, no entanto, a imoralidade, a corrupção e a violência são cada vez maiores em nosso país. Os canais de TV, os programas de rádio, bem como as marchas, não têm gerado transformação de vida em nosso povo.

    A marcha que Cristo ensinou à sua igreja foi outra, silenciosa e efetiva, tal qual o sal penetrando no alimento (Mt 5.13); pessoal e de relacionamento, como na igreja primitiva (At 8.4); cotidiana e sem cessar, como entre os primeiros convertidos (At 2.42-47).


    quarta-feira, 3 de agosto de 2011

    HÁ PODER EM NOSSAS PALAVRAS?

    A PODER EM SUAS PALAVRAS! AH É? DESDE QUANDO?





    E PRONTOOO
    PLIMPLIM








    "QUEM JÁ NÃO OUVIU AS FRASES?  RECEBAAAAA....TOME POSSE MEU IRMÃO....PROFETIZA MEU AMADO SOBRE SEU IRMÃO...EU DETERMINO...EU DECLARO, CHEGA A SER CÔMICO PARA NÃO DIZER TRÁGICO.

    Muitos “chavões” ou “jargões” têm invadido as igrejas evangélicas no Brasil. Frases como: “Eu te abençôo”, “Eu profetizo”, “Toma posse da bênção”, "Eu determino", "Eu declaro", entre outras, viraram formas arrogantes de os crentes exercitarem sua fé ou de se dirigirem a Deus, exigindo bênçãos imediatas. Preocupados com essa nova linguagem e com essa nova postura, faremos uma rápida análise do contexto evangélico atual, para que possamos entender o porquê dessas invencionices, praticadas durante as chamadas "ministrações", realizadas nos cultos.

    1. Os Jargões e as Doutrinas Modernas
    Muitos jargões surgiram como resultado de doutrinas controvertidas, como a crença em “maldição hereditária”, a “confissão positiva”, a “incubação de bênçãos”, a “teologia da prosperidade”, entre outros ensinamentos antibíblicos. Essas doutrinas equivocadas são usadas pelo inimigo para enganar e tirar dos cristãos a exclusividade da fé em Cristo, que é suficiente para libertar, curar e proteger os servos de Deus de toda força do mal. O desejo do inimigo é, também, sustentar, na mente dos evangélicos, essas inovações doutrinárias, contaminando-os com doutrinas de demônios.
    1.1 Os jargões evangélicos e a confissão positiva
    A chamada "confissão positiva" coloca o peso das realizações espirituais "nas palavras pronunciadas e na atitude mental da pessoa", de quem está ministrando, desconsiderando a genuína fé em Deus (At 3:16; Hb 12:1-2). Essa atitude é apoiada na falsa crença que diz: “Há poder em suas palavras”, como se as palavras humanas tivessem poder de criar, de intervir, de mudar situações. A ênfase é posta no homem, e, raramente, o ministrante cita o poder da Palavra ou o poder de Deus (Rm 1:16-17). Há dezenas de livros ensinando os crentes a agirem assim. A maioria dos fiéis não percebe que está caminhando para o abismo espiritual, lugar daqueles que se afastam das verdades bíblicas.
    1.2 Os jargões evangélicos e a incubação de bênçãos
    A conhecida "Incubação de bênçãos" é um desdobramento da crença na "confissão positiva". Consiste no seguinte: O crente incauto é ensinado a "gerar uma imagem mental", direcionada para o alvo que se pretende alcançar; por exemplo: se o crente deseja um carro, deve engravidá-lo mentalmente, para que Deus possa conceder-lhe a graça. É ridículo, mas, infelizmente, centenas de crentes deixam-se enganar. Essa atitude tem levado muitas pessoas ao comodismo, à inércia espiritual e a uma atitude preguiçosa, pois já não se esforçam para conseguir, com trabalho duro e honesto, aquilo de que precisam. Pelo contrário, ficam à espera do momento em que a bênção irá “cair do céu”. Da crença na "incubação das bênçãos", surgiu a arrogante frase: "Toma posse da bênção”. Isso simplesmente não existe na palavra de Deus.
    1.3 Os jargões evangélicos e a mania de querer mandar em Deus
    Chavões tais como: “Eu declaro”, “Eu ordeno”, “Eu profetizo”, "Eu decreto", são pronunciados sem a menor reflexão ou sentido de responsabilidade. Os crentes e, infelizmente, muitos líderes, comportam-se como se fossem Deus; colocam o "EU" na frente e soltam palavras que não fazem parte das alianças divinas, das promessas divinas, dos oráculos divinos, dos estatutos divinos, da graça divina, da misericórdia divina, do amor divino. Falam da forma como Deus não mandou falar, declaram o que Deus não mandou declarar. “Eu declaro”, “Eu ordeno”, “Eu profetizo”, "Eu decreto" são expressões despidas da espiritualidade ensinada na palavra de Deus; são frases que revelam a altivez do coração humano, são palavras que, por não terem respaldo bíblico, não mudam situação alguma.
    Os cristãos precisam entender que não podem dar ordens a Deus! É Deus quem determina; é Deus quem decreta; é Deus quem declara; é Deus quem abençoa. É Deus; não sou eu. Ele é tudo; eu sou nada! Eu sou servo; Deus é Senhor! Ele é soberano; eu apenas obedeço à sua Palavra. A Deus, toda a glória! Assim, não é a minha vontade que deve prevalecer. Jesus não só nos ensinou a orar: ... seja feita a tua vontade (Mt 6:9 e 10), como também pôs em prática o que ensinou: ... todavia, faça-se a tua vontade ... (Mt 26:42). Pronunciar uma frase por deliberação própria e dar a entender que está autorizado por Deus, sem, na verdade, estar, é enganar o rebanho do Senhor. Deus não opera onde há engano; não compactua com enganadores e não terá por inocente aquele que tomar seu nome em vão (Êx 20:7).
    1.4 Os jargões evangélicos e o egocentrismo
    O que nos chama à atenção nessas manias, nessas invencionices, é o seguinte: quanto mais elas se alastram, mais o nome de Deus desaparece e o "EU" entra em cena. É trágico: os cristãos vão se tornando embrutecidos, achando que podem assumir o lugar do Altíssimo Deus. E não é este o incansável desejo de satanás? Veja, leitor: Cada vez mais os cristãos expressam o desejo de assumir o lugar de Cristo: “Eu ordeno”, “Eu profetizo”, Eu te abençôo”. É o "EU" como centro da fé; é o egocentrismo religioso em marcha; é o endeusamento do egoísmo; é a divinização do homem.
    Os cristãos precisam entender que Jesus não permitiu que o seu "EU" aparecesse. Quando alguém o chamou de “bom Mestre”, ele desviou de si a atenção e disse: ... bom só há um, que é Deus ... (Mt 19:17). É preciso ter muito cuidado com o egocentrismo religioso: o "EU" atrai para o homem a glória que a Deus pertence, sendo o resultado de tal atitude a morte eterna.
    2. Reflexões Bíblicas Sobre Alguns Jargões
    É necessário muita graça e sabedoria divina para discernirmos o ensino que é de Deus e o ensino que é do diabo. A ausência de estudos da palavra de Deus, ministrados de forma sistemática, tem dado oportunidade para a entrada de heresias, acompanhadas dos chavões religiosos, nas igrejas. Por isso, somos convidados a refletirmos sobre seguinte questão: A utilização dessas estranhas expressões tem o apoio da Bíblia? Avaliemos algumas delas:
    2.1 "Eu te abençôo”
    Os servos de Deus, em nome do Senhor Jesus, são bênção para as pessoas. A Bíblia diz: ... estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome ... (Mc 16:17). Todas as bênçãos divinas são derramadas através dos servos, em nome de Jesus.
    Em lugar de "Eu te abençôo", o cristão deve dizer: “O Senhor te abençoe”, conforme o ensino bíblico: Fala a Arão, e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel; dir-lhes-eis: O Senhor te abençoe e te guarde. (Nm 6:23 e 24). O nome do Senhor precisa ser invocado e não o "EU". O "EU" é carne; o "EU" é pecador; o "EU" é corrompido; o "EU" não é divino; é humano.
    Vejamos o complemento da palavra de Deus: Assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei. (Nm 6:27). Vejamos também quem pode ordenar a bênção: ... porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre (Sl 133:3); ... então eu mandarei a minha bênção sobre vós ... (Lv 25:21); ... o Senhor mandará que a bênção esteja contigo ... (Dt 28:8); ... Eu o abençoarei (...) abençoarei os que o abençoarem ... (Gn 12:2-3). Será que Deus mudou? Não encontramos, nem no Antigo nem no Novo Testamento, alguém fazendo uso do “EU te abençôo”. Se esse ensino esquisito não vem da Bíblia, de onde vem?
    2.2 “Eu profetizo”
    O ministério profético cessou. Todos os profetas de Deus foram rejeitados e mortos (Mt 23:37). Segundo a palavra de Deus, o que existe hoje, na igreja do Senhor, é o "Dom da Profecia". Profecia, então, é um "Dom espiritual" (I Co 12:10), útil para que Deus fale de maneira sobrenatural às pessoas, assim como, pela "variedade de línguas", se fala sobrenaturalmente a Deus. O "Dom espiritual" é uma capacidade sobrenatural que atua nos filhos de Deus, quando Deus quer, e para o que ele achar proveitoso (I Co 12:11). Por isso, o uso da frase “Eu profetizo” é totalmente inadequado.
    A Bíblia ensina que a profecia não depende do "EU" querer: ... porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirado pelo Espírito Santo. (II Pe 1:21). É bom observarmos que os homens santos de Deus também não usaram essa frase; ao contrário, quando profetizaram, disseram: Assim veio a mim a palavra do Senhor ... (Jr 1:4); Assim diz o Senhor ... (Jr 2:5; Is 56:1; 66:1); Ouví a palavra do Senhor ... (Jr 2:4); E veio a mim a palavra do Senhor (...) disse o Espírito Santo ... (At 13:2); ... Isto diz o Espírito Santo ... (At 21:11); Mas o Espírito expressamente diz ... (I Tm 4:1). Em todos os casos, não aparece o "EU", aparece a pessoa divina.
    Pense bem: Como é que eu e você vamos profetizar bênçãos, sem que Deus tenha nos autorizado, em sua palavra, a Bíblia Sagrada? Como é que eu e você vamos profetizar, se, em nós mesmos, não há bênçãos para oferecermos, visto que a Palavra afirma que, em nossa natureza, não habita bem algum? Como é que eu e você vamos profetizar bênçãos em nosso nome, se a Bíblia afirma que toda boa dádiva, todo dom perfeito vem do alto, do Pai das luzes, em quem não há mudança e nem sombra de variação?
    Essa arrogância do "Eu te abençôo" deriva da falsa crença na "confissão positiva", que leva as pessoas a crerem em que há poder nas suas próprias palavras. Daí acharem que podem profetizar bênçãos a qualquer momento e a qualquer pessoa. A Bíblia condena essa falsa crença, pois somente Deus tem poder para abençoar.
    Além de tudo isso, é estranho o fato de que as pessoas que vivem dizendo: "Eu profetizo" só "profetizem" bênçãos e mais bênçãos, sendo que, nas profecias bíblicas, o Espírito Santo inspirava os profetas a anunciarem bênçãos, castigos, catástrofes, juízos aos desobedientes à palavra de Deus, repreensão, etc. Não é estranho, hoje, as pessoas "profetizarem" somente bênçãos? Se Deus não muda, de onde está vindo a inspiração para essa gente "profetizar"?
    Outro fator a pensar é este: As pessoas que profetizam bênçãos não esclarecem que tipos de bênçãos. As profecias bíblicas sempre especificaram que tipo de bênção ou de juízo sobreviria ao povo. Mas, hoje, é só isto: "Eu te abençôo". É um procedimento totalmente fora da palavra de Deus.
    2.3 “Tomar posse da bênção”
    Não encontramos o uso dessa expressão no Antigo e nem no Novo Testamento. É um jargão de uso freqüente nas igrejas cujas reuniões têm como tema e propósito principal pregar e receber a prosperidade material, que eles reduzem a bênçãos. Os seus líderes não se preocupam com nutrir o rebanho com as verdades da palavra de Deus, que conduzem à salvação em Cristo Jesus (II Tm 3:14 e 15)
    Essa frase surgiu para fortalecer a doutrina da "incubação de bênçãos". Como já vimos, neste texto, primeiramente a pessoa tem a “visualização positiva” da bênção desejada, isto é, concebe, em sua mente, o que ela quer receber, e, em seguida, é motivada a “tomar posse bênção”.
    A "incubação de bênçãos", a "visualização positiva" e o uso do termo “tomar posse da bênção” são atitudes que substituem a fé operante e a atuação divina, levando as pessoas a crerem em que tudo depende da força da mente e das palavras de poder pronunciadas por elas. Comparando isso com o procedimento de Jesus e dos apóstolos, afirmamos que é errado usar o termo "Toma posse da bênção" como meio de termos as bênçãos divinas concretizadas em nossa vida. Os discípulos de Jesus nunca cometeram esse tipo de equívoco, pois, em lugar de dizerem: "Toma posse da bênção”, eles disseram: ... se tu podes crer; tudo é possível ao que crê (Mc 9:23); ... Tende fé em Deus ... (Mc 11:22), ... grande é a tua fé! ... (Mt 9:28) ... Seja-vos feito segundo a vossa fé (Mt 9:23); Em nome de Cristo, o nazareno, levanta-te e anda ... (At 3:6). Assim, em vez de as bênçãos serem direcionadas para o homem, a palavra de Deus ensina as pessoas a direcionarem suas esperanças para Deus, através da fé.



    Conclusão



    Doutrinas heréticas têm ocupado a mente e o tempo de muitos crentes. Elas não conduzem as pessoas a confiarem no sacrifício do Calvário, na cruz do Senhor, no sangue de Jesus, que nos purifica de todo o pecado, mas levam as pessoas a se envolverem com várias práticas estranhas à Palavra inspirada pelo Espírito Santo. Essas heresias são caracterizadas, na Bíblia, como o “outro evangelho” (Gl 1:8), chamado, pelo apóstolo Paulo, de anátema ou maldito.
    Conhecendo a origem de algumas doutrinas, como, por que e para que surgiram, e somando isso aos esclarecimentos feitos à luz da palavra de Deus, você deve pedir a Deus graça e sabedoria, para ensinar à igreja o caminho da luz e para conduzir os filhos de Deus dentro dos propósitos do evangelho da graça divina, para que não se percam, mas tenham a vida eterna.



    FONTE: C.A.P.D.