quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

MAIS UM FIM DO MUNDO.....


















METEOROS QUE CAÍRAM DO CÉU?

Por João Flavio Martinez

Ellen. G. White, profetisa e baluarte da Igreja Adventista do Sétimo Dia e da Igreja Adventista da Reforma, tem nos seus escritos grande credibilidade e admiração por todos os membros dessas seitas. Diz, em êxtase, o autor do livro Sutilezas do Erro (p. 30): ...Os testemunhos orais ou escritos da Sra. White preenchem plenamente este requisito, no fundo e na forma. Tudo quanto disse e escreve foi puro, elevado, cientificamente correto e profeticamente exato.

A Palavra de Deus diz que de uma mesma fonte não pode sair bênção e maldição ao mesmo tempo (Tg 3.10). Ou é de Deus ou não. Como nos foi dito por certo adventista: se um elo da corrente está podre, toda corrente está comprometida. Baseado nesse raciocínio, gostaria de levar o leitor ao questionamento, pois a inerrância só pertence a Deus e sua Palavra. Se a Sra. White errou em um ponto, ela pode ter errado em muitos outros, e até comprometido a salvação de alguém. O que vamos relatar abaixo não é com o intuito de ofender ninguém, mas trazer à tona a falibilidade do homem.

Percebemos, no texto extraído do livro O Futuro Decifrado, como a profetisa adventista se preocupa em fazer uma cronologia de eventos que se encaixem na pseudoprofecia de 22 de outubro de 1844 — dia marcado pelos adventistas para a volta de Cristo. Ela citou um evento isolado e o usou para florear a doutrina do suposto advento que, mais tarde, passou a ser chamado de Juízo Investigativo, quando Jesus teria saído do santo lugar e entrado no santíssimo (referindo-se ao templo judaico). Até hoje esse evento é amplamente difundido em seus livros a fim de mostrar que aquele engodo teve fundamento. Não só a doutrina da volta de Cristo e o Juízo Investigativo estavam errados como também os fatos astronômicos citados pela Sra. White estão fora de contexto. Mas os atuais adventistas insistem em admitir que cientificamente estão corretos.

Tivemos, portanto, a alegria de escrever para o Planetário e Escola Municipal de Astrofísica de São Paulo sobre o fato descrito pela Sra. White e ficamos surpresos com o que obtivemos. É claro que, através da Palavra de Deus, já sabíamos que tudo não passava de um engano, mas depois da carta recebida percebemos que usar esse argumento até hoje é abusar da ingenuidade cultural do povo brasileiro.

1) Ela associa a chuva de meteoros ao texto de Ap 6.13. No entanto, ela se esquece que o v.14 está dentro de um contexto. Se um dos fatos tivesse ocorrido, o outro não poderia passar desapercebido. Vejamos, então, o que nos diz os vv. 13 e 14: E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. É fato concreto que o v.14 não ocorreu, pois todas as ilhas e montes ainda estão intactos, mostrando que esta teoria adventista é, com certeza, infundada. Se a predição do v.14 não ocorreu, por conseqüência a do v. 13 também não. Isso deveria ser compreendido facilmente pelos adventistas, mas o problema é a afirmação de E.G. White, considerada por eles como o espírito da profecia: Esta profecia teve notável e impressionante cumprimento na grande chuva meteórica de 13 de novembro de 1833. Se ela disse que tal profecia teve o seu cumprimento, como dizer o contrário? Como seguidores de E.G.White, os adeptos do Adventismo não têm como desmentir ou corrigir a edificadora e codificadora das doutrinas dessa denominação.

2) De acordo com o Planetário e Escola Municipal de Astrofísica de São Paulo, o evento em pauta só ocorre com essa intensidade de 33 em 33 anos. Leiamos a carta que nos foi enviada: ...Apesar de a Leonídea (chuva de meteoro) ocorrer anualmente, em intervalos de 33 anos, aproximadamente, as chuvas são mais intensas, fato vinculado ao cometa com a qual os Leonídeos estão associados: O Tempel (1866 I), cujo período orbital é de 32,2 anos. (parênteses nosso.) Ou seja, assim como o cometa de Halley não é um evento apocalíptico, também não o é a chuva de meteoros.

3) Há registros desse acontecimento desde o ano 902 d.C. Assim, esse evento fica desqualificado como sendo sinais eminentes da volta de Cristo. O que percebemos é que os adventistas querem mistificar o dia 22/10/1844, sendo que foi o fato ocorrido em 1833 que concebeu a idéia da suposta volta de Jesus Cristo. O que a Sra. White não imaginava é que, num futuro próximo, a sua teoria a colocaria na posição de falsa profetisa. Vejamos: Há registros de sua ocorrência desde o ano 902 de nossa era. Entretanto, somente a partir do final do século XVIII é que os registros são mais freqüentes, provavelmente pelo fato de os astrônomos profissionais e amadores terem sido despertados ...

A Sra. White errou no fato descrito acima e qualquer estudante da Bíblia que observar as doutrinas adventistas perceberá que eles estão equivocados. Não há dúvidas, esses erros qualificam a Sra. E.G. White como falsa profetisa. A Palavra de Deus diz o seguinte: Mas o profeta que tiver a presunção de falar em meu nome alguma palavra que eu não tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá. E, se disseres no teu coração: Como conheceremos qual seja a palavra que o Senhor falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás (Dt 18.20-22).

Em seu livro O Futuro Decifrado, Ed.32º, p.36, a Sra. White narra o seguinte: Em 1833... apareceu o último dos sinais prometidos pelo Salvador como indícios de seu segundo advento. Disse Jesus: As estrelas cairão do céu (S. Mateus 24.29). E S. João, no Apocalipse, declarou, ao contemplar em visão as cenas que deveriam anunciar o dia de Deus: E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte (Apocalipse 6.13). Esta profecia teve notável e impressionante cumprimento na grande chuva meteórica de 13 de novembro de 1833.