terça-feira, 17 de julho de 2012

PRODUTOS DA CRISTANDADE, APROVEITE E ADQUIRA LOGO O SEU, POIS A PROMOÇÃO É POR TEMPO LIMITADO...




Hoje vou compartilhar com vocês uma coisa muito louca! Enquanto fazia algumas pesquisas pela Internet, me deparei com uma loja um pouco estranha devido os produtos que vendia. Comecei a navegar no site e observei que ela fazia vendas por atacado de diversos produtos a igrejas ou a quem quisesse comprar. Igrejas famosas tinham seus logotipos em alguns produtos pra lá de inusitados. Devido aos produtos absurdos que eram vendidos ali, achei que poderia ser uma loja fake, por isso, resolvi fazer contato para verificar a exatidão das informações. Fiz contato por email e recebi a resposta prontamente, o que me fez ver que realmente se trata de uma empresa real. Se eu quisesse poderia ter o logotipo de “minha igreja” em qualquer produto, bastando fazer os pedidos em quantidade suficiente.
Bom, para acabar com o suspense, deixarei o link do site para vocês verem com seus próprios olhos e também algumas imagens de prints do site e dos produtos mais “doidos” que achei ali. Vejam com seus próprios olhos (imagens reais tiradas do site):
O site se chama www.novoisrael.com.br
Adesivo revoltados na féAlgema para libertaçãoAliança de Escravo a governador
Bala Igreja mundialCaneca evangélicaCarteira eu vou prosperar
Casamento com DeusChave do templo de SalomãoEscudo da fé
Espada de acrílico dos valentesEspada do rei DaviFita sexta-feira 13
Meia sê tu uma bênçãoóleo da multiplicaçãoPingente de fechamento de corpo
Sabonete do descarregoSabonete sangue do cordeiroTerra de Israel
E AI, O QUE ACHAM DESSES PRODUTOS?


FONTE:

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O deus fraquinho dos neopentecostais.




                                                                                                      







Um Deus sem poder suficiente, inerte, vazio e fraco! Não estou me referindo ao teísmo aberto ou à kenosis e sim a algo
mais simples que pode ser mais facilmente compreendido por qualquer um e com certeza é
encontrado em praticamente todas as igrejas.


Estou me referindo a  frases que estamos acostumados a escutar de nossos pastores e
 líderes e que acabam se tornando a verdade absoluta
Estamos acostumados a aceitar a palavra “brecha” como uma verdade em nossa
vida e como fator determinante na conquista de bênçãos ou maldições.


Quem nunca ouviu algo parecido com essas frases:
“Se você der brecha o diabo vai agir na sua vida” ou
“Você tem que fechar as brechas pra não perder a bênção”
Desde minha adolescência eu ficava em dúvida sobre o poder de Deus por causa desse tipo de frase.
É como se Deus dissesse: “Olha eu estou te abençoando, mas na primeira mancada que você der, !”.
no primeiro pecado que você cometer o diabo virá te roubar e Eu NÃO vou poder fazer nada. Você será roubado!”.

Aliás tem uma denominação que gosta muito dessa frase “Você está sendo roubado pelo diabo.”
Qualquer coisa “é diabo que está roubando” e o deus fraquinho só tá olhando,
!


Imagine o seguinte diálogo entre Deus e o diabo:
O diabo com pinta de malandro, mascando chiclete com a boca aberta chega pra Deus e diz:
- Ae Jeová é o seguinte.. cheguei na parada e agora quem manda na vida do fulano sou eu.

- Mas como? Porque?   - pergunta Deus admirado e assustado.

- O Sr não viu que ele deu uma brecha né? Pois meu olho que tudo vê, não deixou passar!  Diz o diabo

- Mas minha graça lhe basta. Argumenta Deus.

- Graça? Hahaha. Você tá meio desatualizado Jeová, sua graça não vale mais nada hoje em dia e
sobre brecha e agora eu tenho autonomia pra fazer o que quiser com ele!

Então Deus com a cabeça baixa sai vencido e  com voz de tonto diz: “Ah, se é assim, sim !”

Essa história é ridícula, mas é assim que muitos de nós achamos que é nosso relacionamento com Deus.


Só sanei minhas duvidas quando li e entendi o que Jesus disse em João 10:28-29:

e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. 29Meu Pai,


Essas palavras colocam o diabo em seu devido lugar e Deus onde realmente está: No controle!

Mas você pode argumentar: “Alex, Jesus está falando sobre salvação e não sobre bênçãos!”

Se você ler o contexto, Jesus fala sobre o cuidado do pastor com as ovelhas em todos os sentidos,
o principal é a salvação mesmo, mas leia o versículo 9:
Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.

Nesse versículo vemos sobre o que Jesus estava falando:
Salvação. (salvar-se-á)

Entrará, e sairá” -  Está falando sobre liberdade. Entrar, sair, ter acesso ao Pai. Não se preocupar se tem alguém rugindo
como leão ao derredor já que o verdadeiro Leão está ao redor. (1 Pedro 5:8)
“Achará pastagens”- Pastagens aqui é alimento, sustento, provisão, bênçãos. E o interessante é que não precisou semear,
regar, cuidar,negociar, conquistar,declarar,  nada disso.. apenas ACHOU pastagens. Já
estava lá, alguém já plantou e eu só preciso usufruir do que está lá sem me preocupar porque ninguém pode me arrebatar das mãos de Deus.
Bênção é um presente e não uma conquista por isso se chama – bênção!
Se eu der um lanche pro meu filho e andar com ele garanto que nenhum valentão vai querer tomar o lanche dele porque o pai está junto.
isso significa que se estivermos em Deus não há diabo que possa contra nós, afinal de contas “Agindo Deus quem impedirá?” (Isaías 43:13)
Creio sim que o diabo possa nos roubar e perdermos nossas bençãos, mas isso não contece o tempo todo.
 Se a pessoa se desviar do rebanho e não quiser mais estar debaixo do cajado do Pastor e não
reconhecer a Sua voz, então ela estará passível de ser atacada e roubada..
Mas isso não acontece com quem está protegida, quem está debaixo das asas do altíssimo
Me desculpe alguns irmãos, mas ainda creio num Deus poderoso e onipotente. (Mateus 28.18)
Não creio que os que estão realmente em Cristo sofram  por causa de brechas “porque o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado”. (1 João 1:7)
Procurei o termo “brecha” na bíblia e não achei nada dentro deste contexto de roubo ou perda. A palavra nem existe no novo testamento.
A ausência da brecha é mais um, entre os muitos adereços que a igreja complicada da atualidade precisa para complementar o sacrifício de Jesus que já não é mais suficiente.

Voltemos ao evangelho simples da bíblia!


Continue lendo aqui: Desejando Deus: Um Deus fraquinho
www.desejandodeus.com.br/

terça-feira, 10 de julho de 2012

Feitiçaria evangélica


Feitiçaria evangélica



O fenômeno evangélico no Brasil adquiriu uma caricatura dantesca. O Evangelho de Jesus Cristo ficou em segundo plano em nome de "uma nova visão" . Ser cristão evangélico no Brasil implica uma identidade difusa:
1) ser "crente" se resume basicamente à magia religiosa, exercitada em auditórios onde se promete cura e proteção, sucesso financeiro e soluções imediatas para problemas e conflitos;
2) O discipulado de Jesus foi substituído pela venda de soluções fáceis;
3) A vida comunitária foi substituída pela metodologia empresarial como recurso de expansão;
4) A celebração da fé foi substituída por rituais grotescos, numa mistura de superstição, feitiçaria gospel e macumba "ao contrário";
5) Pastores foram substituídos por gurus, apóstolos e outros heróis, mais ocupados em comandar um grande exército que em conduzir pessoas à intimidade com Deus;
6) A Bíblia foi substituída por uma teologia popular, com discursos extraídos das falas dos líderes carismáticos, na qual o sentido original da bíblia é deturpado e diluído de boca em boca, até chegar ao último da fila como sal que para nada mais presta;
7) O engajamento no Reino de Deus foi substituído pela adesão ao "ministério do fulano", às "cobertura do sicrano" e à "visão do beltrano";
8) A cruz, como símbolo maior do cristianismo, foi substituída por bonés, adesivos e camisetas com estampas da comunidade A, ministério B e apóstolo C.
Enfim, parece mesmo que "outro evangelho" está sendo anunciado, e por ser outro deve ser anátema (maldito).
Pr. Ed René Kivitz (Igreja Batista de Água Branca)

domingo, 1 de julho de 2012

PASTORES VOCACIONADOS X PASTORES SISTEMATIZADOS





     


ESTE TEXTO TEM O TÍTULO ORIGINAL: PASTORES RUINS. ESCRITO PELO BISPO WALTER MACLISTER.






Por: Walter McAlister


De uns tempos para cá tenho visto, com uma incredulidade cada vez maior, um fenômeno que me força a fazer esta reflexão. Minha incredulidade se resume a isto: será que há tantos pastores ruins e tão poucos bons pastores neste nosso Brasil, meu Deus?!

Pergunto isso (primeiro a mim mesmo e, em segundo lugar, de modo mais temático) porque na blogsfera-internet-facebook-twitter-cultura (neologismo meu, confesso) o consenso parece ser o de uma condenação generalizada da categoria. Anteontem (dias atrás) foi o Dia do Pastor. Mas, será que resta o que celebrar? Pelo que leio por aqui, poderíamos muito bem chamar a data de O Dia do Farsante.

O clero anda em baixíssimo conceito com os internautas. Será que é o caso entre os que não navegam pelos fios óticos e wi-fis deste mundo virtual? Não sei. Sinceramente, não sei. Mas, já que estou aqui na blogsfera, lá vai a minha reflexão para quem compartilha do universo virtual.

Primeiro, quero afirmar que conheço muitos pastores. Muitos dos que conheço são bons pastores. São pessoas movidas por um desejo de servir a Deus (pelo menos é como eles começaram). Há um desnível de preparo e oportunidade entre eles, claro. Mas há uma motivação inicial que me parece uma regra. Cada um se sentiu chamado por Deus para servi-lo e, consequentemente, alimentar as suas ovelhas.

Há maus pastores, confesso. Creio que nem todos têm um pastor em quem podem confiar, a quem recorrer ou de quem sequer têm orgulho de ter como o seu pastor. E, sabendo desse fato, creio ser importante pontuar algumas razões para isso.

Há muitos pastores no Brasil, hoje, que não foram bem preparados para o ministério. Alguns foram criados em situações que sequer exigia um ensino ou treinamento (teológico, bíblico ou ministerial). Bastava “levar jeito” pra esse “negócio” e logo foram promovidos para ocupar lugares para os quais não têm a menor noção do que se trata. Sem preparo teológico, bíblico ou ético, acabaram lançando mão de qualquer maluquice que parece “dar certo”. Fizeram correntes de toda sorte. Suas mensagens não passam de capítulos de livros que leram ou que estão na moda, como: prosperidade, guerra espiritual, conquista de cidades ou coisa parecida.

Vivem de campanha em campanha e querem criar uma “grande obra” para a glória de Deus. Essa “grande obra” (geralmente um prédio ou um programa de TV, rádio ou algo parecido) não passa de uma fonte de enorme despesa que vai sacrificar o povo, que é visto como fonte de muito lucro. Para tanto, precisam de cada vez mais povo. E para que tenham isso, vão ter que lançar mão de mensagens e promessas que atraem esse povo (se chamarem um dos cantores “gospel” ou o coral das crianças for posto para cantar, também funciona).

O balcão de ofertas abre, a birosca fica aberta e o povo vem. Com as músicas da hora, os jovens berram ao microfone, de olhos fechados (claro, porque precisam demonstrar que estão no enlevo), e todos assistem atônitos às versões locais e genéricas dos super astros da música gospel. É quase cómico, se não fosse tão trágico.

Por sua vez o pastor tem que assumir ares de “Grande Servo do Senhor”, chegando a ter que se autodenominar “Apóstolo”, “Profeta”, e só falta alguém se declarar o “Quarto Membro da Santíssima Trindade”. É uma igreja em agonia. Seus gritos e gemidos (que muitos acham serem sinais de “poder”) só denunciam a falta de vida real íntima com Deus, e conhecimento profundo das Escrituras (que é a obrigação de qualquer um que se propõe a ser um obreiro aprovado).

Por outro lado (e agora me remeto ao extremo oposto), há homens extremamente bem preparados nas Sagradas Letras. Mas sua vida ministerial é sujeita a um regime massacrante de comitês, relatórios e avaliações. Se lançaram no serviço do Senhor, mas se acham hoje como serviçais de leigos que nunca deveriam ter o poder sobre eles que têm.

Compaixão é uma das vítimas dessas estruturas. O pastor teme pelo bem-estar da sua família: sua esposa, que é duramente cobrada pelas irmãs da igreja; seus filhos, que são maltratados na escola por serem os filhos do pastor, mas que são cobrados pelos seus pais na igreja (pois, se pisarem fora da linha, o comitê talvez não renove o contrato e aí fazer o quê? Vai botar comida na mesa como?) Mesmo empregados, os pastores são mal, mas muito mal remunerados – pois, afinal, existem tantos “marajás” no ministério, mas “aqui não!”. Entre os oportunistas marajás e os bons servos que são reduzidos ao medo e mendicância para poderem pastorear, não me admiro que haja tão poucos bons pastores. Os poucos que vencem o sistema são os vitoriosos e poderosos, que acabam sentando em comitês denominacionais, envergando um poder político além da sua igreja local, e que acaba redundando num prestígio cada vez maior, para assegurar a sua longevidade no púlpito local. É a morte.

Os sistemas, as estruturas e as políticas eclesiásticas não permitem que haja bons pastores. Não comportam líderes de verdade. Os maus se dão bem em sistemas que não exigem política. Com o seu talento de convencimento, o povo vem, sofre, mas apanha por achar que tem que ser assim. Enquanto há bons pastores que são esmagados por sistemas vítimas da nefasta politicagem eclesiástica.

O povo dessas igrejas fica sem pastor, que de fato está na mão de leigos. Ou o povo fica nas mãos de lobos e anticristos que, com charme, lábia e encenações de “unção” lideram para o seu próprio enriquecimento. E os bons pastores ficam sem púlpito e seus filhos abandonam a igreja (pois viram como ela esmagou os seus pais), deixando pai e mãe de coração partido, pois o eles que mais queriam era ver seu filhos seguindo nos caminhos de Deus.

O coração dói. Os anjos choram. O Corpo de Cristo sangra. Pastores fogem do ministério e vendem seguros ou recorrem a uma capelania. E a blogosfera registra o fel dos que queriam algo mais. Queriam líderes que manifestassem devocionalidade sem afetação, liderança sem abuso, compaixão sem politicagem, ensino das Escrituras sem modismos. E os pastores queriam apenas um lugar onde pudessem alimentar as ovelhas, pois, como Pedro, confessam o seu amor pelo Mestre.

Conheço bons homens assim. Tenho o privilégio de liderar muitos deles. Vejo o povo que pastoreiam feliz, com prazer em se reunir para louvar a Deus, e alimentados pela Bíblia. Mas o coração pesa. Ouço o choro de muitos, o lamento dos desigrejados (os que fugiram para não morrer) e já vi pastores de joelhos aos prantos pelos filhos perdidos no mundo. Não bastasse o dano, vejo que ainda muitos lobos patrulham a blogosfera e os escombros da Igreja de Cristo, tentando abocanhar os que vivem desgarrados do rebanho, com palavras suaves e antigas heresias requentadas e vendidas como algo novo e relevante. Se tão somente tivessem um bom pastor, que desse a sua vida pelo rebanho! Se tão somente os bons pastores achassem um lugar para servir com pureza de coração!

Ah, Senhor da seara, vivifica a Tua Igreja – Noiva do Cordeiro e Corpo de Cristo – “a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância” (Ef 1.23). Tem misericórdia de nós e vivifica-nos, Pai.