segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Império da Mediocridade.


O império da mediocridade

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Por Jose Francisco Alves
“O contato com a mediocridade gera mais mediocridade. Os medíocres têm medo da literatura, dos clássicos e da leitura. Têm medo do esforço, do trabalho - e da história. Acham que a escola serve para paparicar a banalidade que os miúdos levam da rua e da televisão. Eles são um perigo que anda à solta, espalhando mais mediocridade, impunemente.” (Francisco Viegas, Jornal de Notícias.) 

O mal do século, segundo Richard Foster, não é o câncer, não é a AIDS, nem a Gripe H1N1, nem ainda a violência ou a corrupção, mas é a superficialidade. Um produto natural de uma época como esta é a mediocridade. Tanto a superficialidade como a mediocridade (irmãs gêmeas), não existem no vácuo, mas se expressam em pessoas. Todos nós temos, em algum momento da nossa vida, oportunidade (vergonhosa!) de expressar um “pouquinho” de mediocridade, mas tem pessoas que são absolutamente viciadas!

Esse vício, como produto do meio (e também como fomentador do meio) é assustador porque, entre outras coisas, ele é causador de outros vícios. Além disso, ele também cresce e se espalha como uma grande epidemia! Não há esfera da sociedade que não sofra de algum modo com esse mal. Mas não há lugar pior para esse vício maldito mostrar as suas garras do que na Igreja!

Os viciados em mediocridade na Igreja são amantes de si mesmo, amantes da teologia da prosperidade, caçadores dos caminhos fáceis, dos atalhos; fascinados pelos milagres, vivem enfiados nas “milagrolandias” da vida. As “milagrolandias” são igrejas sem compromisso com a Verdade, espalhafatosamente dirigidas por verdadeiros traficantes de “promessinhas”, que misturam linguajar e versos bíblicos em seus discursos entorpecentes, causando dependência mortal, e tirando daí o seu sustento!

Quanto aos viciados, a pregação bíblica lhes causa crise de abstinência (do besteirol); a leitura, sobretudo da Bíblia, é para eles um martírio; a reflexão teológica, um pesadelo. Quando estão em suas “viagens” têm sensação de plenitude, e quando afinal espalmam as mãos para cima e dizem “amém”, voltam para casa com o ar de dever cumprido: “domingo tem mais!”-... Pobres viciados!

Os medíocres estão no poder

Nada mais natural para uma era de superficialidade intensa. Pois, se a mediocridade se espalha com essa velocidade alucinante é porque tem uma liderança medíocre por trás. Como disse A.W.Tozer, todo povo é, ou virá a ser, aquilo que seus líderes são.

Logo, os viciados têm uma boa fonte de abastecimento. Como esses líderes são megalomaníacos, e os viciados em geral são fascinados pela “grandeza e o poder”, temos um sistema desgraçadamente auto-sustentável. Os líderes fingem se importar com as mazelas dos pobres seguidores. Alimentam as ilusões com milagres forjados, com palestras motivacionais (eu não ousaria chamá-las de pregação), mega-construções, mega-eventos, entretenimento à vontade, repletos de celebridades “gospel”, que servem como exemplos de vitória. E as massas pensam que um dia também vão andar de helicóptero, viajar pelo mundo, alcançar status social... Pobres viciados iludidos!

Alegram-se em fazer parte, mas na realidade não fazem. As decisões dos líderes medíocres são sempre unilaterais, privilegiando a superficialidade e desprezando quem de fato pode contribuir. Assim, ao longo do caminho, vão perdendo pessoas valorosas. Mas, porque se importar? Nunca faltarão bajuladores!

A Bíblia é tediosa nesse esquema, existe uma imitação bisonha de ensino e uma pseudo-preocupação com o conhecimento. Porém, é só olhar mais de perto para se perceber que tudo não passa de encenação. Não se incentiva os jovens a crescer no conhecimento, até porque os jovens logo questionarão. Melhor mantê-los ocupados com a “arte”. As crianças são tratadas como parte do espetáculo, o que de certa forma já as deixa bem encaminhadas no esquema. São engraçadinhas e risonhas, e dar uma encenada atenção a elas aumentará a popularidade e solidificará a perpetuação no poder. Se você acha que esse "maquiavelismo" é exagero, dê uma boa olhada à sua volta!

“Ainda há esperança”

Estes são alguns aspectos de uma realidade deprimente e desanimadora na Igreja Brasileira, mas continuamos crendo no poder transformador e restaurador do Evangelho. E é isso que nos dá esperança. Esperança não de que esse cenário vai mudar como um todo, mas de que a Igreja de Cristo é viva, e que o Senhor da Igreja dando a ela disposição para ser “coluna e esteio da verdade”, trará libertação a muitos!

Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

Fonte: [ Adoração e Pregação ]- fonte: BLOG DOS BEREIANOS.
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sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Falso Pacifismo e o Debate Teológico.


O Falso Pacifismo e o Debate Teológico

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Por: Heitor Alves
Se existe uma coisa que traz grande perigo para a igreja de Cristo, neste início do século XXI, é a pregação de um suposto pacifismo. Esse pacifismo tem abalado grandemente os alicerces da fé cristã histórica. É uma das armas do inimigo no combate ao povo de Deus. O pacifismo que se prega por aí constitui uma antítese à polêmica ou ao espírito combativo.
Muitos crentes se recusam a participar de debates e discussões teológicos, alegando que são pacíficos e que isso só causa divisões entre o povo de Deus. Será mesmo que se afastam dos debates por não “mancharem a unidade evangélica”? Será que a recusa em participar de tais encontros, reflete uma consciente deficiência dos próprios argumentos? Uma atitude assim só pode refletir uma coisa: os argumentos doutrinários de tais evangélicos não subsistem diante da verdade bíblica! Simplesmente não sabem defender a fé que professam!
Vivemos em meio a um clima de ecumenismo. E tudo o que deve ser feito para não comprometer a tal “unidade religiosa”, precisa ser feito a todo custo, devendo ser evitado até as polêmicas, porque são prejudiciais. Discussões e debates teológicos são desencorajados entre os pacifistas. Tais discussões trazem divisões entre o povo de Deus, criam-se rixas e, além disso, afirmam eles, a discussão desvia a igreja do seu papel fundamental no mundo: a evangelização.
Podemos até concordar com eles, em parte. De fato, devemos evitar debates inúteis, baixas e indelicadas. Debates de cunho pessoal devem ser evitados, pois o que a Bíblia encoraja são os debates no campo das idéias, mesmo que se citem os nomes de seus idealizadores. Não devemos evitar as discussões, se elas envolvem a teologia e a ética. Neste caso, os debates devem produzir efeitos construtivos e salutares, porque se realiza no terreno ideológico, sendo assinalada pela abstração, sem descer às questões de ordem pessoal.
Infelizmente, há pessoas que ultrapassam os limites da educação. Não são merecedores de respostas, pois pecam no excesso de linguagem imprópria à pessoa de boa educação. Podemos ser firmes com quem discorda de nós e militar incansavelmente contra no erro sem ferir com a cordialidade.
Mas essas exceções não devem impedir que os debates aconteçam. Vemos nesse tal pacifismo religioso, avesso aos debates e discussões teológicas, uma tendência perigosa e antibíblica de acomodação ao erro. Pratica-se um pacifismo com o sacrifício da doutrina e isso não condiz com a verdade do ensino bíblico. O evangelho é revolucionário, ele cria divisões (Lc 12.51-53). O evangelho também coloca em atrito o novo homem contra o velho.
Porém, este mesmo evangelho que traz divisões, estabelece uma paz àqueles que o recebem, mesmo com os turbilhões que sobrevêm a esta vida. É uma conseqüência natural da pregação do evangelho. Ela só existe para aqueles que aceitam a Cristo como Salvador pessoal. Textos como os de Lucas 2.14 e Isaías 9.6 se referem à paz trazida pela mensagem do evangelho e que são recebidas e aceitas pelo pecador arrependido. Precisamos entender que numa mesma mensagem do evangelho, ela pode trazer paz àqueles que o recebem e pode trazer divisões àqueles que permanecem com os corações endurecidos e impenitentes. Esta divisão é inevitável, uma vez que os que têm a mente carnal aborrecem os que têm a mente espiritual. Foi o próprio Cristo que afirmou que o mundo odeia os que seguem o evangelho (Jo 15.18,19; 17.14; 1Jo 3.13).
Há uma luta entre os servos de Cristo e seus inimigos. É impossível haver compatibilidade entre os verdadeiros crentes e incrédulos, entre reformados e (neo)pentecostais, entre protestantes e católicos romanos, entre fiéis e infiéis. Logo, é impossível a coexistência pacífica entre correntes doutrinárias adversas. É impossível este ecumenismo. Não nos iludamos com isso: enquanto houver dissentimento entre os homens n que diz respeito à base da religião, não poderá haver concórdia entre eles. É uma utopia imaginarmos a verdadeira paz entre adeptos de correntes teológicas opostas.
Há ministros e membros de igrejas afirmando que deve haver mais união entre os crentes. Mas a união proposta deixa de lado os princípios básicos do cristianismo. Estão dispostos a abandonar algumas doutrinas ortodoxas para abraçarem a paz. Querem comprar a paz pelo preço da verdade. O fato do evangelho dividir os homens demonstra a proeminência ou supremacia do Senhor Jesus Cristo e a superioridade e veracidade do cristianismo, do qual Ele é o Fundador. Falar de pacifismo é desconhecer a essência do evangelho.
A divisão é um preceito bíblico, quando determinada por questões sublimes e por um profundo interesse à causa do Mestre. Quando temos uma divisão causada por questões doutrinárias, isso é louvável, porque expressa a fidelidade bíblica de quem a promove.
Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más (2Jo 10,11).
Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos (Rm 16.17,18).
Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, quevos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes(...) Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão (2Ts 3.6,14,15).
Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez... (Tt 3.10).
As Escrituras não autorizam divisões causadas por brigas pessoais, insultos, desentendimento por questões fúteis e vazias de valor. Não pode haver divisões entre crentes de mesmo credo (1Co 1.10-13; 3.1-9). Somos informados, nestes textos, que as divisões e contendas entre os coríntios não eram baseadas na doutrina, uma vez que Paulo exorta que se falem a mesma coisa e que tenham as mesmas conclusões. Paulo considerava os membros da igreja de corinto como tendo o mesmo credo, a mesma crença doutrinária, o mesmo conjunto de doutrina que formava a fé deles. Isso justifica a exortação à unidade. A exortação bíblica à unidade é com base na verdade. É a verdade bíblica, a doutrina fiel das Escrituras, que torna possível a unidade entre os cristãos de mesma crença doutrinária.
Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros, os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor. Bem farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus; pois por causa do Nome foi que saíram, nada recebendo dos gentios. Portanto, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade(3Jo 5-8).
A obrigação de acolher e de animar aqueles que proclamam o verdadeiro evangelho de lugar em lugar e à alegria por fazê-lo acrescentar-se, opostamente, a necessidade de evitar aqueles que proclamam um falso evangelho. A verdade da doutrina bíblica, a verdadeira teologia bíblica, é a força motriz que deve unir os cristãos de mesmo credo. A união só pode ser possível se for na verdade.
A separação é o caminho da paz. Para que Abraão e Ló vivessem em paz, foi necessário a separação dos dois (Gn 13.1-18). É melhor uma separação do que uma unidade apenas aparente, cuja essência permanece a divisão de pensamentos. A divisão nos traz paz de consciência, porque nos coloca em condições de pensar livremente e de expressar aquilo que pensamos, diferentemente se estivermos num ecumenismo onde não teríamos a liberdade de pensamento, que causaria a quebra de unidade.
O falso pacifismo é uma forma para cessar o combate ao pecado. É uma forma de afrouxamento doutrinário. A unidade proposta não produz a almejada paz. Antes alimenta o pecado, diminui a responsabilidade do crente, enfraquece a evangelização e dá campo vasto para a proliferação da imoralidade.
O não-pacifismo é um preventivo em benefício da pureza da igreja (tanto na vida como na doutrina). Veja a declaração de Paulo:
Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Não tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos. Ora, como justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós. Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso (2Co 6.11-18).
Na pregação dessa suposta paz há muito engano e falsidade: “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jr 8.11). Existe paz? Não existe e nem pode existir a não ser que todos aceitem o evangelho, o que é impossível por causa da eleição divina. Daí a conclusão lógica de que não é possível esta pretensiosa paz, visto que a humanidade está dividida entre crentes e incrédulos, entre os verdadeiros profetas e os falsos profetas, entre o verdadeiro ensino e a heresia, e essa situação permanecerá até o fim dos tempos (2Tm 3.1-11; Mt 24.1-14; 2Pe 2).
O cristão verdadeiro possui paz, pois essa é a condição do crente, causada pela justificação (Rm 5.1). Assim sendo, ele precisa expressar essa paz entre todos os homens. Isso tem a ver com nossa relação com o próximo. Portanto, é dever do crente viver em paz com o católico romano, com o espírita, com o ateu, com o pagão etc. Mas isso não significa concessão ao erro. O nosso modo de viver deve ser pacífico, tratando-se de nossas relações pessoais com o próximo. Mas no terreno religioso e ideológico temos que nos colocar na ofensiva e atacar as idéias contrárias ao dogmatismo bíblico. Estamos atacando as idéias, as doutrinas erradas que o herege prega, e não a sua pessoa. Por outro lado, precisamos nos colocar na defensiva, a fim de defender a verdade bíblica dos ataques dos inimigos. Devemos defender sem ferir pessoalmente o atacante. Devemos ferir as idéias.
Firmeza na fé é uma atitude de oposição contra os hereges, os ecumênicos, os pacifistas, os modernistas, os liberais, os espíritas, os católicos romanos etc.
Caro leitor, você sabe defender o que crê? Você sabe argumentar por que escolheu a teologia adotada por você? Você tem se preocupado em defender a sua crença diante dos ataques daqueles que você mesmo considera como hereges? Ou simplesmente você não faz nada? Não diz nada? Você foge dos debates e das discussões? Você vê seus credos serem tachados de heresias e não faz nada? A não ser que sua teologia seja bíblica, você de fato não saberá fazer nada, não poderá dizer nada. Provavelmente você sairá do campo ideológico e partirá para um confronto pessoal.
A minha oração é que a verdade da Palavra de Deus seja exaltada, a qualquer custo, e que tenhamos o mesmo sentimento de Judas quando declarou:
Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 3).
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Unidade da Igreja não é ecumenismo gospel.


Unidade da igreja não é ecumenismo gospel.

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Creio na unidade da Igreja Evangélica, porém, nem toda igreja que se diz evangélica de fato é evangélica. Recuso-me a acreditar que comunidades que comercializam a fé, vendem indulgências, além de criar doutrinas que afrontam as Escrituras Sagradas possam ser consideradas cristãs.

Isto posto, afirmo que a unidade da igreja não deve ser encontrada em igrejas que não reconhecem o senhorio de Cristo em todas as coisas, que abandonam a “uma só fé” e “uma só esperança” das Escrituras, acomodando-se ao pecado, ao mundo e as demais falsas igrejas.

Caro leitor, a unidade da Igreja é bíblica, contudo, o ecumenismo gospel é repulsivo e incoerente. Infelizmente não é possível acreditarmos na unidade entre igrejas sérias com igrejas falsas, cujo ensino é ensismemado, aproveitador e antropocêntrico. Ora, os cristãos verdadeiros não negociam a fé, não comercializam Deus, não vendem produtos mágicos, não servem a Maria, nem tampouco adoram a santos. Os verdadeiros cristãos não inventam esquisitices e aberrações teológicas como decretos e determinações espirituais. Os verdadeiros cristãos são éticos, honestos em suas posturas e comprometidos com a verdade e o evangelho de Cristo. Os verdadeiros cristãos zelam pela sã doutrina e repudiam as novas teologias. Os verdadeiros cristãos não relativizaram a Palavra de Deus, antes pelo contrário, pregam e vivem as Escrituras Sagradas em todo o tempo e momento.

Diante disto, afirmo que a unidade entre os crentes é bíblica, já o ecuminismo gospel, nunca será.

Caro leitor, como escrevi anteriormente precisamos URGENTEMENTE de uma nova reforma.

Que Deus tenha misericórdia do seu povo!

Renato vargens
Fonte: [ Blog do autor ]
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quinta-feira, 21 de julho de 2011

NOITE NEGRA NO BRASIL EM 05/05/2011

Uma Noite se Abate Sobre o Brasil - Por Pr. Luiz Fernando









No dia, 05/05/2011 o Supremo Tribunal reconheceu por unanimidade a união entre homossexuais. Essa reivindicação era antiga, mas ganhou força devido ao apoio maciço, das diversas mídias, dos formadores de opinião e do governo. Este governo injetou dinheiro publico nesse segmento social, sem consultar os contribuintes, haja vista, ter sido o primeiro país no mundo a patrocinar uma parada gay. O atual governo vem tentando impor, através da educação pública, a aceitação tácita do homossexualismo, com a desculpa que precisa acabar com discriminação sexual. Entra em áreas que pertencem às famílias. Ensinar o certo e o errado é dever dos pais e o estado, no máximo, corrige os desvios. O STF legaliza a união da perversidade com a crueldade. Perverso porque legaliza a imoralidade de muitos dentre poucos, ou seja, 2% da população. Dá direitos a uma minoria que tem como fundamento somente o desejo e nunca uma constituição. Desejos particulares, não se legalizam, mas se limitam. Homossexualidade é desejo de contato físico com outro do mesmo sexo, coisa que deve ser praticada dentro de quatro paredes e nunca resguardada por leis. Nas palavras do Rev. Wayne Perriman “O ato sexual é meramente um ato físico que é na maior parte das vezes expresso na privacidade do lar. Portanto, esse ato não deve ficar sob a proteção de leis de direitos civis. Seu devido lugar de proteção são as leis de privacidade, não leis de direitos civis. As leis deveriam ser criadas para desestimular condutas criminosas, não apoiar condutas sexuais privadas”. Se assim não for, necessário se faz criar leis que privilegiem pedófilos, tarados etc., pois, são desejos do mesmo jeito. A união de centenas de pedófilos somente aumenta a pedofilia, nunca a limita. Dizer que o amor foi valorizado e respeitado com esta aprovação do STF é no mínimo infantil. Amor não é sexo e sexo não é amor. Amor, na maioria das vezes não é expresso através de sexo. Pais amam seus filhos, mas não mantêm relações sexuais com eles. Soldados morrem por seus companheiros, mas não têm relações sexuais com os mesmos.

Crueldade porque encarcerará milhares de seres humanos que poderiam lutar contra esses desejos e agora são desestimulados porque gozam da proteção do estado. Temos a triste tendência de achar que aquilo que é legal é moral. Crueldade porque impinge sobre a sociedade um comportamento que a maioria esmagadora não aceita e nem deseja. Usou-se de um subterfúgio para se aprovar uma lei que deveria ter sido discutida publicamente porque implica em usos e costumes. Nao é uso e costume da maioria a prática homossexual. Não se usa lei para impor comportamento de minorias. Vale a máxima: “A necessidade de poucos não pode prevalecer sobre a de muitos”. Todo ser humano independentemente de sua opção sexual deve ser respeitado e amado, mas não implica em concordância plena com tudo o que é praticado.

A sensação que tive, em meu espírito, é que o país mergulha em uma noite de densas trevas. Pareceu-me que um manto negro foi colocado sobre o país. Noite que não passará rapidamente. Minha percepção é que a sociedade ficou enfraquecida em sua fibra moral e que muitos se sentirão impotentes e desestimulados para continuar.

A igreja no Brasil sofre um duro golpe que será difícil de ser absorvido. Vejo-a no corner da vida tentando se reabilitar, cambaleante e atordoada buscando ar para respirar como em uma luta de boxe. Foi-lhe dada oportunidade de fazer valer os princípios de Deus para o homem, mas ela sucumbiu aos apelos de Mamon, da imoralidade e por fim se vendeu ao mundo. Descaracterizou-se completamente fazendo-se parecer com o mundo e agora não tem forças para mudar e não encontra motivos para voltar. Creio que ela foi longe demais e colherá com lágrimas os frutos dessa lassidão. Sua mensagem tem se tornado em irrelevância e seu valor seriamente questionado. Trancafiou-se dentro de suas paredes, achando que somente a adoração era a resposta às grandes questões da vida. Esqueceu-se de anunciar o puro evangelho transformador. Esqueceu-se da humildade e aceitou as honras do mundo e os prêmios dos tolos. Gerou pequenos monstros gospel, chamados de adoradores, levitas, paipóstolos, patriarcas, barbies e kens gospel etc. que comercializam o sagrado, deturpam o evangelho e recebem toda glória que não lhes é devida. Entrou em um sono letárgico e acreditando que sonhava os sonhos de Deus e em seu estupor não percebeu que vivia um grande pesadelo. Creio que ainda não acordou para a grande calamidade que dinamitou suas portas e adentrou em sua intimidade. Agora desnuda acordará em meio a esta noite e tateando tentará encontrar ponto de apoio.

Percebo o mundo espiritual em reboliço e ao mesmo tempo a igreja inócua e indiferente a tudo isso. Por sermos mais de quarenta milhões de evangélicos no país o percentual que levantou a bandeira de alerta foi ínfimo. Quem detinha o poder da mídia se omitiu vergonhosamente. Em nome de uma neutralidade idiotia deixou de cumprir seu papel profético em tempos de angústia. Colocar tranca na porta neste momento é inócuo. Resta-nos o sabor da derrota neste round. Resta-nos a triste constatação que falhamos. Restam-nos o choro e o arrependimento. Tomará que isso ocorra em tempo oportuno.

Ainda vale a Palavra de Deus expressa em II Crônicas 7:14 “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”.

Embora o texto seja aplicado a Israel em uma condição específica, vale seu princípio para todos nós.

Quem o Senhor tenha misericórdia de nós.

Soli Deo Gloria

Autor: Pr. Luiz FernandoFonte: www.ministerioforcaparaviver.blogspot.com / BLOG DO PASTOR FLAVIO CONSTANTINO.

terça-feira, 19 de julho de 2011

SOFONIAS, 3.9- EXEGESE DO TEXTO ORIGINAL


Dissecando Sofonias 3.9


כִּי־אָז אֶהְפֹּךְ אֶל־עַמִּים שָׂפָה בְרוּרָה לִקְרֹא כֻלָּם בְּשֵׁם יְהוָה לְעָבְדוֹ שְׁכֶם אֶחָד
Fonética: Ki az eh’pórH el amim safah brurar (vrurar) likróh kulam bê-shêm Ieovah leav’dó sheHem eHad
Algumas versões:
1. “Porque, então darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que o sirvam com um mesmo espírito” (Almeida, Revista e Corrigida).
2. “Então,darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor e o sirvam de comum acordo” (Revista e Atualizada)
3. Então, farei que os povos parem de adorar ídolos e adorem somente a mim o Deus Eterno, e farei também que todos me obedeçam com a mesma dedicação” (B. na Linguagem de Hoje).
4. “Sim, então darei aos povos lábios puros, para que todos possam invocar o nome de Iahweh e servi-lo sob um mesmo jugo” (A Bíblia de Jerusalém).  
5. “Farei então com que os povos voltem a conhecer uma língua pura com a qual todos possam invocar (do mesmo modo) o Nome do Eterno, para servi-lo com seus sentimentos unidos” (Bíblia Hebraica/Sefer).

Vocabulário do versículo:
Ki: porque, pois, que - כִּי
Az: então -    ־אָז
eh’pórH – אֶהְפֹּךְ
- do verbo lahafórH  (ךְ וֹ פ‍ הַ לַ) transformar, inverter, cuja raiz/shóresh é  ךְ פַ הָ
Tem-se em Hebraico, partindo da raiz (hafarH) a expressão: hafarH olamot, que significa mover montanhas, fazer o possível e o impossível. Há de se observar que o versículo não tem de modo algum o verbo dar/latét!
el: para – אֶל
Amim: povos – ־עַמִּים
safah: lábio, língua, idioma  - שָׂפָה
barur: puro, limpo, claro, selecionado, escolhido (ר רוּ בַּ)  brurar (vrurar):  - בְרוּרָה
obs.: não confundir com “barurH”, final com a letra kaf final, que quer dizer bendito, bem-vindo, abençoado!
Likróh: chamar, exclamar, gritar, convidar - לִקְרֹא
Kulam: todos – כֻלָּם
bê-shêm (bê: em, no) : em o nome, no nome – בְּשֵׁם
Ieovah: (que o Judeu não pronuncia e fala Adonai) - יְהוָה
leav’dó: do verbo “laavód”: trabalhar; leav’dó, trabalhar só ou sozinho – לְעָבְדוֹ
sheHem eHad: unanimemente, unanimemente juntos  - אֶחָד שְׁכֶם
Tradução sugerida:
Porque eu farei o máximo (o possível) para que todos os povos tenham uma língua pura (*) (o hebraico, cf: Isaías 19:18, a língua de Canaã), para que todos clamem pelo nome do Senhor, trabalhando somente para Ele, unanimemente, juntos (‘adorando somente a Deus’ como indica a versão na Linguagem de Hoje, do meu saudoso Profº Dr. Werner Kaschel).
(*) língua pura, inteligente, pois, na verdade, o hebraico é uma língua lógica e não inclinada a mudanças semânticas! (hoje, a língua universal é praticamente o inglês, o que é uma decorrência da benção do evangelho (em Abraão) – Gênesis 12:3b nos USA; mas, no Milênio, será o Hebraico!)
Observação:
O contexto da citação de צְפַנְיָה בֶּן־כּוּשִׁי (Tisfania ben-kúshi/Sofonias filho de cushi;  כּוּשִׁי, kúshi = negro, etíope); portanto, o nosso querido profeta “Obama” aponta para o Reino Milenar, quando toda terra se encherá da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar, conforme Habacuque 2:14.
Ps.: A maioria das traduções se apóia no verbo DAR; todavia, não há mínima justificativa para tal! Observa-se também, que algumas versões não exploraram o suficiente, o verbo laavod ( בוֹד עֲ לַ) trabalhar, trabalhar como escravo, cultuar, adorar – servir a Deus.
 Dr. Agnaldo Sacramento0- FONTE- BLOG DAVAR ELOHIN